A primeira
colocação no ranking de reclamações do Banco Central deixou a Caixa numa
posição delicada. Além do já conhecido déficit de pessoal, amplamente
denunciado e questionado pelo movimento sindical bancário, a empresa
desqualifica o atendimento prestado, gerando grande insatisfação aos clientes.
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Em nota, a
Caixa Econômica Federal informou que tem investido em treinamento e capacitação
de empregados e em soluções tecnológicas para promover a qualificação do
atendimento bancário em respeito aos direitos do consumidor. Ou seja, colocou a
culpa nos trabalhadores pelas queixas recebidas.
Na avaliação
do diretor do SindBancários e representante na CEE/Caixa, Gilmar Aguirre, os empregados e empregadas se orgulham por trabalhar na
empresa responsável pela execução de políticas públicas no Brasile de fazer a
diferença para uma parcela da população brasileira desassistida pelo
sistema financeiro tradicional. "Por
outro lado, não sentimos orgulho de ver a empresa ascender no ranking de
reclamações junto ao BACEN. Tenho plena convicção de que o Conselho de
Administração da Caixa, assim como a presidenta Mirian Belchior, também não se
orgulham ao ver o resultado da pesquisa”, garante o dirigente sindical.
De
acordo com o sindicalista, a CEE/Caixa tem dialogado com os representantes da
Caixa na mesa permanente de negociações sobre a falta de empregados. "O acordo do ano passado não foi cumprido
pela empresa, que se responsabilizou de atingir a meta de 103 mil empregados
até o final de 2015. Este número já foi inclusive autorizado pelo DEST. Também
alertamos que a não reposição de vagas oriundas de demissões e do PAA, poderiam
ampliar o assédio moral e precarizar o atendimento”, lembra Gilmar.
Para
o dirigente sindical, a pesquisa não revela nenhuma novidade. "Com a
sobrecarga de trabalho e o assédio de gestores para o cumprimento de metas abusivas, os trabalhadores começam a adoecer mais. A CEE tem
sido enfática ao pedir que a Caixa abra espaço para discutir estes problemas com
o movimento sindical. No entanto, não há qualquer sensibilidade da empresa para
atender uma das principais pautas da campanha salarial desse ano. Começaremos as
negociações da pauta específica no dia 27 de agosto. Esperamos que a Caixa seja
mais coerente e mostre disposição real de resolver e atender nossas
reivindicações”, finaliza o sindicalista. *Comunicação/Fetrafi-RS
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