Bancos | 20/08/2015 | 12:08:33
Dirigente questiona precarização do atendimento na Caixa
Banco lidera ranking de reclamações do Banco Central
 


A primeira colocação no ranking de reclamações do Banco Central deixou a Caixa numa posição delicada. Além do já conhecido déficit de pessoal, amplamente denunciado e questionado pelo movimento sindical bancário, a empresa desqualifica o atendimento prestado, gerando grande insatisfação aos clientes.


Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que tem investido em treinamento e capacitação de empregados e em soluções tecnológicas para promover a qualificação do atendimento bancário em respeito aos direitos do consumidor. Ou seja, colocou a culpa nos trabalhadores pelas queixas recebidas.

Na avaliação do diretor do SindBancários e representante na CEE/Caixa, Gilmar Aguirre, os empregados e empregadas se orgulham por trabalhar na empresa responsável pela execução de políticas públicas no Brasile de fazer a diferença para uma parcela da população brasileira desassistida pelo sistema financeiro tradicional. "Por outro lado, não sentimos orgulho de ver a empresa ascender no ranking de reclamações junto ao BACEN. Tenho plena convicção de que o Conselho de Administração da Caixa, assim como a presidenta Mirian Belchior, também não se orgulham ao ver o resultado da pesquisa”, garante o dirigente sindical.

De acordo com o sindicalista, a CEE/Caixa tem dialogado com os representantes da Caixa na mesa permanente de negociações sobre a falta de empregados. "O acordo do ano passado não foi cumprido pela empresa, que se responsabilizou de atingir a meta de 103 mil empregados até o final de 2015. Este número já foi inclusive autorizado pelo DEST. Também alertamos que a não reposição de vagas oriundas de demissões e do PAA, poderiam ampliar o assédio moral e precarizar o atendimento”, lembra Gilmar.

Para o dirigente sindical, a pesquisa não revela nenhuma novidade. "Com a sobrecarga de trabalho e o assédio de gestores para o cumprimento de metas abusivas, os trabalhadores começam a adoecer mais. A CEE tem sido enfática ao pedir que a Caixa abra espaço para discutir estes problemas com o movimento sindical. No entanto, não há qualquer sensibilidade da empresa para atender uma das principais pautas da campanha salarial desse ano. Começaremos as negociações da pauta específica no dia 27 de agosto. Esperamos que a Caixa seja mais coerente e mostre disposição real de resolver e atender nossas reivindicações”, finaliza o sindicalista.

*Comunicação/Fetrafi-RS