Ironicamente, a falácia de Scolari foi proferida após mais um Dia de Luta dos Funcionários do BB contra a discriminação e o assédio moral praticados pela instituição contra os trabalhadores. Em nota, o presidente da Contraf/CUT, Carlos Cordeiro, destacou: "Cerca de 1.200 bancários são afastados do trabalho mensalmente, por razões de saúde, vÃtimas do assédio moral e da pressão violenta para que cumpram as metas abusivas de produção e vendas impostas pelas instituições financeiras, inclusive o Banco do Brasil".
"Luiz Felipe Scolari começou mal como novo técnico da Seleção Brasileira. Esperamos que ele não esteja tão desatualizado sobre futebol quanto está sobre as relações de trabalho nos bancos", concluiu dirigente sindical.
Retratação equivocada
O Banco do Brasil informou, em nota, que o técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, fez contato com o presidente da instituição, Aldemir Bendine, para dizer que não teve intenção de ofender os funcionários. Na conversa, segundo o banco, Felipão disse que é cliente do BB há mais de 30 anos. "Eu estou lá é para pedir a colaboração do povo brasileiro à seleção e não pretendia ofender o pessoal do Banco do Brasil. Foi apenas uma má colocação", afirmou, segundo a nota divulgada.
O diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke, destaca que a retratação de Scolari foi tão equivocada quanto a declaração que gerou polêmica. “O técnico deve uma retratação pública a todo o funcionalismo do Banco do Brasil e não ao presidente do banco, que faz vista grossa diante do crescimento das práticas de assédio moral e discriminação dentro da instituição”, afirma o dirigente sindical.
*Fetrafi-RS
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