Os representantes da Anapar no RS, dirigentes sindicais e
aposentados apontaram o profundo desmonte que representam essas "reformas” do
governo golpista, que retiram direitos de trabalhadores e aposentados e
comprometem não só o futuro da previdência pública e complementar como também
os instrumentos de proteção social conquistados ao longo da história pela
classe trabalhadora.
O diretor do SindBancários e da Contraf-CUT e secretário de
Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, salientou a importância da
resistência, unidade e luta contra os ataques dos golpistas, destacando a força
da greve geral de 28 de abril, que deixou Porto Alegre com cara de domingo.
"Temos que tomar as ruas e resistir porque querem varrer os direitos da
aposentadoria e da CLT”, disse.
Aumentar a mobilização
Ademir apresentou o novo calendário de mobilização das
centrais sindicais, que prevê na semana de 8 a 12 de maio protestos nos
aeroportos e nas bases eleitorais dos parlamentares e na semana de 15 a 19 de
maio o "Ocupa Brasília” com manifestações junto ao Congresso Nacional.
"Precisamos marcar na paleta os parlamentares que votam a
favor dessas reformas descabidas, para que não sejam reeleitos em 2018”, frisou
o dirigente sindical ao denunciar os deputados gaúchos Darcísio Perondi e Mauro
Pereira, ambos do PMDB, que deram votos favoráveis ao parecer do relator da
Comissão Especial da Reforma da Previdência.
Ele alertou também para a necessidade de continuar
pressionando os deputados contra a aprovação do PL 268/2016, aprovado a toque
de caixa no Senado logo após o golpe do impeachment e que se encontra em regime
de urgência no plenário da Câmara. "Esse projeto retira direitos dos
participantes na gestão do fundos de pensão das estatais, pois acaba com a
eleição de diretores e com a paridade nos conselhos deliberativo e
fiscal, e abre espaço para especialistas do mercado financeiro”, afirmou. "Não
podemos deixar a raposa cuidar do galinheiro”, comparou.
Ademir encerrou citando o trecho "Povo que não tem virtude
acaba por ser escravo” do Hino Riograndense, cantado junto com o Hino Nacional
Brasileiro na abertura da plenária. "Temos que impedir uma nova escravidão no
Brasil”, concluiu Ademir.
Ao final, foram eleitos os delegados e as delegadas ao 18º
Congresso Nacional e à Assembleia Geral da Anapar, que ocorrerão nos dias 25 e
26 de maio, em Brasília.
Foi ainda ressaltada a importância de obter novas filiações
à Anapar, cuja anuidade é de R$ 50. "É uma entidade que cumpre papel
fundamental na defesa dos direitos dos participantes de fundos de pensão”,
defendeu o diretor regional da Anapar, Itamar Prestes Russo.
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*CUT/RS Fotos: CUT/RS
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