Na base recorrente, o lucro somou R$ 5,235 bilhões no
período, queda de 9,9%sobre um ano antes. A previsão média de analistas
consultados pela agência de notícias Reuters para esta linha era de R$
5,195 bilhões.
Numa mão, o índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu
3,9%, ante 3% em igual etapa de 2015 e o pico desde setembro de 2013.
Com a alta do desemprego e dos pedidos de recuperação
judicial de empresas numa economia em forte recessão, o banco fez provisões
para perdas com calotes de R$ 6,4 bilhões, alta de 38,1% na base
sequencial e de 43,7% sobre um ano antes. O número já deduz recuperação de
crédito.
Em outra frente, o estoque de financiamentos do Itaú
Unibanco, incluindo avais e fianças, caiu 4,8%contra o primeiro trimestre
do ano passado, a R$ 517,484 bilhões. Sobre dezembro, a queda foi ainda maior,
de 5,6%.
A contração foi liderada pelos empréstimos para compra de
veículos (-31,2%), para grandes empresas (-9,8%) e das pequenas e médias
(-9,9%), todos na comparação ano a ano.
Um efeito desse movimento foi o recuo na margem financeira,
que somou R$ 16,6 bilhões no trimestre, montante R$ 207 milhões menor do que no
trimestre passado.
As receitas com tarifas e serviços, de R$ 7,17 bilhões,
avançaram 4,4%na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior,
número bem abaixo da variação da inflação no período, de cerca de 10%.
Por outro lado, as despesas não decorrentes de juros, que
incluem pagamento de salários, somaram R$ 10,2 bilhões de janeiro a março,
recuo sequencial de 8% e aumento de 3,4% sobre um ano antes, também abaixo da
inflação.
Mas isso foi insuficiente para impedir uma baixa de 4,5
pontos no retorno sobre o patrimônio líquido anualizado, de 19,7%no
trimestre. Em termos recorrentes, a queda foi de 4,6%do índice, que mede
como um banco remunera o capital de seus acionistas. *Reuters
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