A proposta de fazer audiências públicas, apresentada pelo
deputado Nelsinho Metalúrgico (PT), estava na ordem do dia da reunião desta
quarta-feira (4) da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do
Turismo da Assembleia Legislativa. Havia quórum no início dos trabalhos, mas o
deputado João Fischer (PP), o Fixinha, se retirou e, quando foi feita a
verificação, faltava um integrante e a reunião foi encerrada sem apreciar os
assuntos em pauta.
Nelsinho lamentou a falta de quórum, o que atrasa o debate
do reajuste do piso regional. "Esperamos que na próxima quarta-feira (11)
tenhamos quórum para votar a realização de assembleias públicas no interior do
Estado, visando ouvir os trabalhadores e a sociedade sobre esse tema tão
importante para a economia do Rio Grande”, afirmou o deputado.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, que acompanhou os
poucos minutos da reunião da Comissão, criticou a saída do deputado Fixinha
para retirar o quórum. "Esse parlamentar costuma agradar os empresários e dar
as costas aos trabalhadores. Hoje não foi diferente, o que mostra mais uma vez
o seu descaso com quem trabalha”, apontou.
"Vamos procurar todos os deputados que integram a Comissão e
mostrar a eles a importância de que estejam presentes na reunião da próxima
semana, a fim de que seja aprovada a realização das audiências públicas”,
ressaltou o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antonio Guntzel.
E a audiência com Sartori?
O governador José Ivo Sartori (PMDB) ainda não agendou a
audiência com as centrais sindicais para discutir o projeto de reajuste do piso
regional. O pedido foi definido na reunião ocorrida na última quinta-feira (29)
com o presidente da Assembleia, deputado Edson Brum (PMDB).
Na ocasião, deputados Álvaro Boessio (PMDB) e Élton Weber
(PSB), que integram a base aliada do governo, ficaram de entrar em contato com
Sartori para que ele marcasse essa audiência dentro da maior brevidade
possível.
"Estamos aguardando essa audiência com o Sartori para
demonstrar ao governo do Estado a importância e a viabilidade do reajuste de
11,55% no piso regional, bem como propor o envio do projeto em regime de
urgência para a Assembleia, a fim de que seja aprovado até o final do ano
legislativo e os novos valores possam valer a partir de 1º de janeiro de 2016”,
salientou Claudir. *CUT/RS
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