A greve já tinha
sido recomendada pelo Comando Nacional dos Bancários na sexta-feira
passada (25) e foi confirmada nesta quinta-feira (1º), em assembleia dos
sindicatos de vários Estados e regiões.Os trabalhadores farão novas
assembleias na próxima segunda-feira (5) para organizar o movimento.
A paralisação foi confirmada pelos trabalhadores de ao menos
13 Estados e 8 capitais, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Brasília, Curitiba e Porto Alegre. Veja a lista das regiões que decidiram
aderir à greve, segundo a Contraf-CUT:
Estados:
Acre (AC) Alagoas (AL) Amapá (AP) Bahia (BA) Ceará (CE) Maranhão (MA) Mato Grosso (MT) Pará (PA) Pernambuco (PE) Piauí (PI) Rio Grande do Norte (RN) Rio Grande do Sul (RS) Rondônia (RO) Roraima (RR) 'Não paga nem uma coxinha'
A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentou uma
proposta de 5,5% de reajuste para salários e vales, além de abono de R$
2.500.
O sindicato criticou a oferta, dizendo que não repõe a
inflação e que representaria perdas de 4% para os trabalhadores do setor. Eles
pedemreajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação, mais 5,7%
de aumento real.
"No vale-refeição, esses 5,5% não dariam nem para uma coxinha,
representando apenas R$ 1,43 a mais no dia", afirma nota publicada no site
do Sindicatodos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
O que os bancários pedem?
As reivindicações gerais dos bancários são:
Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação,
mais 5,7% de aumento real);
PLR de três salários, mais R$ 7.246,82;
Piso de R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese
em valores de junho último);
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e
auxílio-creche/babá: R$ 788 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
Melhores condições de trabalho;
Fim das metas abusivas e do assédio moral;
Fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e
combate às terceirizações;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os
bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois
vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme
legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada
das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto
das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos
salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas,
transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). *UOL com edição da Fetrafi-RS
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