Delegações de 195 países que participam da COP 20 devem
chegar a um consenso até sexta-feira (12) sobre diversos pontos que, dentro de
um ano, serão levados à Conferência do Clima em Paris (COP 21) - na qual se
espera chegar a um acordo multilateral para enfrentar o aquecimento global.
"Nos próximos dias teremos que redobrar nossos esforços para
atender às preocupações de cada um. Esse tem de ser um processo de escuta e não
de lições a dar”, disse ontem o comissário europeu do Ambiente, Miguel Arias
Cañete.
Os debates tiveram início no dia 1º de dezembro. Os países
se mostram divididos sobre alguns dos temas fundamentais, entre eles, os fundos
de financiamento para adaptação e mitigação da mudança do clima – que devem
iniciar as operações até junho de 2015.
Outro ponto de difícil acordo é a forma com que se medirá o
cumprimento de cada país com relação à redução das emissões de gases de efeito
estufa. A meta é limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius (ºC) até o fim
do século.
No atual nível de emissão de gases, a estimativa é que haja
um aumento das temperaturas entre 4ºC e 5ºC para 2100, uma perspectiva que
ameaça causar problemas ligados à segurança alimentar e de acesso à água
potável, assim como eventos climáticos extremos.
Outro tema de difícil negociação é a diferenciação, entre os
países, de responsabilidades com relação ao aquecimento global.
Ainda que as nações industrializadas reconheçam sua
responsabilidade no aumento das temperaturas do planeta, atualmente, alguns dos
países emergentes figuram entre os principais emissores de gases de efeito
estufa, como a China, em primeiro lugar, e a Índia, em quarto.
"Nesse assunto, o mundo de 2015 ou o de 2020 não é mais o de
1992”, destacou Arias Cañete, em referência à convenção da ONU sobre o clima em
que houve a diferenciação de responsabilidades em duas categorias de países: os
desenvolvidos e os em desenvolvimento.
*Agência Peruana de Notícias
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