As diretoras do SindBancários, Ana Guimaraens e
Milena de Oliveira, ambas funcionárias do Banrisul, e a diretora
Natalina Gué foram até o local para acompanhar os procedimentos do
banco em casos como este. O diretor da Fetrafi-RS, Jorge Almir da Silva Paz também esteve na unidade. Por ter sido um ataque de assaltantes e com reféns, os dirigentes
sindicais reivindicaram que não havia condições de os trabalhadores
desempenharem suas funções. Todos os funcionários foram dispensados e a agência
ficou fechada.
A diretora eleita do Sindicato, Ana
Guimaraens, afirmou que os criminosos sabiam da rotina do gerente da agência, o
que facilitou a ação. "Os bancos precisam, urgentemente, reforçar a segurança
prevenindo os assaltos para que a vida das pessoas não seja colocada em risco.
Nós, do SindBancários, alertamos, avisamos e mostramos que um bancário sem
treinamento em segurança não pode ficar com a chave da agência. O colega fica
muito vulnerável”, alerta a diretora.
Detalhes da ação demonstram o quanto as quadrilhas
estão investindo em informação e até em equipamentos de comunicação. Segundo a
Brigada Militar, além de levar as três armas dos vigilantes, os
assaltantes fugiram em um Honda City com placas clonadas, que foi abandonado na Rua Laurindo,
proximidades do local do assalto. Há suspeitas de que os homens utilizavam
um rádio transmissor com a mesma frequência da Brigada Militar.
"O Sindicato tem contribuído muito com a produção
de conhecimento sobre as ações das quadrilha. Nossa tarefa tem sido
sensibilizar autoridades locais de municípios de nossa área de abrangência e
pelo Interior do Estado de que é preciso criar legislações locais para obrigar
os bancos a investir em segurança e contratar trabalhadores treinados e
especializados em segurança, como os vigilantes, para abrir porta de banco no
início do expediente", avaliou a diretora Milena de Oliveira.
A diretora Natalina Gué disse que o papel do Sindicato
ao ir até o local foi informar os trabalhadores sobre seus direitos em casos
como este, garantir que o banco emita a CAT e prestar apoio. "No nosso
departamento de saúde, temos tido a experiência de acompanhar colegas que
sentem efeitos psicológicos de uma ação como esta apenas alguns dias ou até
mesmo semanas ou meses depois. Por isso, é importante procurar o Sindicato para
que possamos prestar apoio e também orientações sobre nossos direitos",
explicou Natalina.
O último assalto a essa agência teria ocorrido há seis anos.
Depois disso, houve arrombamento e vandalismo. *Imprensa/SindBancários com edição da Fetrafi-RS
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