A justificativa do banco para a onda de demissões passa pela
questão da "reestruturação”. Mas isso não é aceitável, segundo o representante
da Fetrafi-RS na Comissão de Empregados do Santander, Luiz Cassemiro. "O Santander
vem demitindo nacionalmente de forma muito acentuada e deixando as pessoas em
clima de pânico, pois quando demitem um funcionário, isso afeta a família toda,
três ou quatro pessoas a mais”, afirma.
Conforme Cassemiro, há casos de gerentes com 30 anos ou mais
de dedicação ao banco. "Demitem por telefone. É um tremendo desrespeito com os
trabalhadores por parte da instituição.”
A pandemia também não pode ser considerada justificativa,
uma vez que o Santander continuou lucrando neste período e o seu lucro no
Brasil representa 32% dos ganhos mundiais. Para se preparar para uma possível
crise, o banco fez uma reserva de R$ 10,4 bilhões e teve seu lucro reduzido em cerca
de 8,8% apenas.
Bancários e bancárias de todo o país vêm se mobilizando
contra as demissões do Santander e de outros bancos privados, que estão ocorrendo
em massa. Os sindicatos estão em
campanha permanente contra as demissões nas ruas e na internet. Na base de
Porto Alegre, carros de som têm sido usado para denunciar a falta de
respeito do banco com seus funcionários. *Com informações do SindBancários Porto Alegre e Região |