"Vamos tomar outra vez as ruas contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e por empregos”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. "Vamos mostrar para a população que o caminho é a resistência, a unidade entre trabalhadores, estudantes e aposentados, para defender os direitos, a democracia e a soberania nacional”, destaca.
Ele salienta que a reforma do Bolsonaro foi aprovada em primeiro turno na Câmara, após a liberação de emendas parlamentares, mas com a retirada de vários retrocessos. "A proposta, no entanto, continua muito ruim, como a manutenção da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres se aposentarem, além da redução no cálculo das aposentadorias e pensões, dentre outros pontos.” Marcar na paleta os deputados que traíram os trabalhadores"Temos que marcar na paleta os deputados que traíram os trabalhadores, pressionando-os para que mudem o voto no segundo turno de votação, assim como precisamos cutucar os senadores, onde essa reforma será votada depois em dois turnos”, enfatiza Nespolo. "Vamos defender também as empresas públicas, como a Petrobrás, a Eletrobrás, os Correios, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.” Traidores da PrevidênciaNo Rio Grande do Sul, as centrais e os movimentos sociais estão organizando manifestações na Capital e no Interior, a exemplo dos grandes protestos que vêm sendo realizados desde 15 de maio. Mobilização em Porto AlegreEm Porto Alegre, a mobilização terá início às 16h, na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. O governador Eduardo Leite (PSDB) vem atacando os servidores estaduais e a escola pública, mantendo a política herdada do antecessor que ele tanto criticava na campanha. Ao todo, já são 43 meses de salários atrasados, parcelados e quase cinco anos sem reposição salarial.
Além disso, Leite aprofundou o projeto de desmonte do Estado, com a aprovação da proposta do fim do plebiscito e dos projetos de privatização da CEEE, CRM e Sulgás. "Como se não bastasse, quer vender mais ações do Banrisul, depenando o que ainda resta do maior patrimônio do povo gaúcho”, denuncia Nespolo.
Depois, os manifestantes caminharão até a Esquina Democrática, onde acontecerá um ato unificado, às 18h, em defesa da aposentadoria, contra os cortes na educação e pela geração de empregos. "Não podemos ficar omissos ou indiferentes diante da onda de ataques dos governos neoliberais e de direita às conquistas e à dignidade da classe trabalhadora”, aponta Nespolo.
Fonte: CUT-RS |