A Patrulha Maria da Penha da Brigada Militar atendeu cerca de 18 mil
mulheres em 2016 nos 27 municípios em que atua com 32 equipes. O
programa foi criado pela BM em 2012, sendo pioneiro no país. "Ameaça e
lesão corporal são as ocorrências que prevalecem”, afirmou a
coordenadora geral da Patrulha Maria da Penha, capitã Clarisse Heck. Ela
presidiu nesta quarta-feira o 1º Seminário Interno da Patrulha Maria da
Penha, realizado no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. O
evento, comemorativo aos cinco anos da unidade, teve como objetivo, por
exemplo, a atualização e aperfeiçoamento do trabalho realizado e ainda a
troca de experiências entre os policiais militares envolvidos. |
"Monitoramos os casos atendidos”, observou a oficial, acrescentando
que as mulheres são orientadas para serem atendidas nos serviços
municipais e estaduais disponíveis nas redes de assistência social e
psicológico, entre outros serviços, onde "ela pode se socorrer e buscar
apoio”. De acordo com a capitã Clarisse Heck, as mulheres "raramente
voltam a ser vítima de violência doméstica e familiar”. A
oficial observou que a Patrulha Maria da Penha fiscaliza também as
medidas protetivas de urgência. Ela entende que muitos feminicídios
foram evitados com a atuação da BM. "No momento em que é constatado que a
vítima foi agredida e o agressor está no local, ele é preso e levado à
delegacia” lembrou. A capitã Clarisse Heck revelou ainda que a ideia é
cada vez mais ampliar a atuação da Patrulha Maria da Penha nas cidades
gaúchas. Presente na abertura do evento, o Chefe do Estado
Maior BM, coronel Júlio Cesar Rocha Lopes, parabenizou a unidade. "É um
trabalho diferenciado, de qualidade, de muita abnegação, de extremo
profissionalismo e dedicação”, declarou. Segundo ele, as atividades das
patrulhas devem ser incrementadas. "Além de salvar vidas, vocês estão
salvando famílias, cidadãos, cidadãs, comunidades e fazendo um serviço
que muitas vezes ninguém quer fazer”, destacou. "As
vítimas enxergam em vocês a salvação de suas vidas”, enfatizou o
oficial. "Enquanto uma mulher precisar, estaremos lá”, assegurou o
coronel Júlio Cesar Rocha Lopes, referindo-se à atuação da BM na
prevenção contra a violência doméstica e familiar. *ZH |