O ato convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo
repercutiu dentro do Congresso e a bancada de oposição ao ilegítimo
presidente Michel Temer (PMDB) chegou a ocupar a mesa da presidência da
Câmara dos Deputados.
Já nas imediações do Congresso, o presidente nacional da CUT, Vagner
Freitas, apontou essa como a maior marcha sobre a capital federal e
destacou que mais uma Greve Geral deve vir por aí.
"Deram um golpe e não conseguem completar, o que significa fazer as
reformas Trabalhista e da Previdência. Esse é o passo inicial da maior
guerra que faremos contra esses golpistas para derrubar essas reformas.
Vamos fazer uma greve geral maior do que fizemos no dia 28 de abril”,
disse.
O dirigente ressaltou ainda a importância da CUT neste cenário e a
necessidade da unidade da classe trabalhadora contra os retrocessos. "Se
não conseguem entregar nossos direitos e discutir uma ditadura no
Brasil é porque tem a Central e seus sindicatos fazendo a luta. Essa foi a
maior marcha da história dos trabalhadores no Brasil. Trouxemos mais de
200 mil por Diretas Já e precisamos levar essa luta para o cotidiano do
país”, apontou. "A violência policial, que jogou centenas de bombas de gás de pimenta,
deixou a marcha inconclusa”, avaliou o presidente da CUT-RS, Claudir
Nespolo, que participou da manifestação junto com centenas de
trabalhadores gaúchos de diferentes categorias. "Vamos concluir essa
marcha com uma nova greve geral para barrar as reformas do Temer e
exigir diretas já”, destacou. Temer nas cordas
Incapaz de responder democraticamente às mobilizações e sem respaldo
moral e político, o golpista Temer baixou uma AGA (Ação de Garantia da
Ordem) autorizando as Forças Armadas a fazer a segurança do Distrito
Federal até o dia 31 de maio, provável dia da votação da Reforma
Trabalhista, em episódio que remonta aos tempos obscuros da ditadura
militar. *CUT |