A visita do vice-presidente de Gestão de Pessoas (VIPES) da Caixa,
Marcos Fernando Jacinto, ao Edifício Querência, na Praça da Alfândega em
Porto Alegre, na quinta-feira, 18/5, mobilizou empregados da Caixa e
diretores do SindBancários a realizar um ato de protesto. No espaço
entre o Banrisul e a Caixa, os bancários reafirmaram a defesa da Caixa
100% pública, a manutenção do emprego. O protesto também cobrou
alterações em norma que retiraram direitos dos empregados da Caixa.
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No início da tarde, o lugar em que os bancários costumam se
manifestar na Praça da Alfândega em suas greves, começou a ser preparado
para a recepção ao executivo. Faixas e cartazes foram distribuídos em
frente à entrada do Edifício Sede Querência. A Caixa 100% pública,
críticas à gestão do governo federal e a itens da normativa RH 184
estiveram na ordem do dia da recepção. Também foi lembrado o desconto
que a Caixa operou por conta do dia 28 de abril, o da greve geral, e
registrou como falta injustificada. A Fetrafi-RS e o SindBancários
entraram com ação jurídica para tentar derrubar o registro que
prejudique a carreira dos colegas, assim como outros direitos como as
férias. Em 18/7 haverá audiência que pode definir a decisão da justiça
sobre o caso.
"Os bancos públicos desempenham um papel muito importante para o
desenvolvimento do país. Com esta orientação de gestão da Caixa,
comandada pelo governo Temer, esse papel social da Caixa está sendo
perdido. Isso prejudica a população de baixa renda de todo o país.
Esperamos um trabalho construtivo com o executivo. Viemos lembrar ao
vice-presidente de gestão de pessoas das nossas lutas”, ilustrou o
diretor do SindBancários, Jaílson Bueno Prodes, que é empregado da
Caixa.
Os últimos meses na Caixa têm sido marcados por vários retrocessos e
ataques aos direitos dos empregados. Um dos itens da RH 184 que os
bancários querem ver alterado demonstra a visão autoritária com que a
Caixa tem sido gerida na gestão de Michel Temer. A retirada de função de
empregada gestante da Caixa que esteja em licença maternidade é uma das
crueldades apontadas pelos diretores que participaram do ato.
O representante da CEE/Caixa no RS e diretor da Contraf-CUT, o
empregado da Caixa, Gilmar Aguirre, explicou que a recepção a Marcos
Fernando Jacinto, foi um recado de que a Caixa e a gestão de pessoas
precisam respeitar os empregados do banco. "Mais do que nunca a
participação e a luta dos empregados da Caixa para a defesa da Caixa
100% pública e a manutenção do nosso emprego se fazem necessárias. Mesmo
sabendo que o castelo começou a ruir, não podemos baixar a guarda. Só a
luta nos garante e nenhum direito a menos”, enfatizou Gilmar.
*Imprensa SindBancários
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