Neste processo de discussão, vários pontos foram abordados,
como a garantia de participação e acompanhamento do programa pelo movimento
sindical, bem como o conhecimento de onde estão os trabalhadores e quem são.
"Entre outros pontos, foi destacado também a questão de como ficará a jornada
deste trabalhador quanto ao seu retorno, ou seja, será feita de forma
gradativa, assim como as metas?”, indagou a diretora do Sindicato dos Bancários
de São Paulo e membra do GT de Saúde, Sandra Regina.
Outra questão destacada sobre o assunto foi a de que o
programa seja de caráter voluntário e de que somente os trabalhadores que estão
de alta do INSS, e que não estejam em processo de reabilitação, possam fazer
parte do mesmo. Para ser melhor avaliada a viabilidade do programa foi proposto
que sejam realizadas reuniões semestrais.
Diante dos apontamentos, o banco ficou de verificar com as
áreas atinentes ao tema e o GT dará continuidade no assunto em data oportuna.
"Foi importante a retomada do GT que discutiu sobre o
retorno ao trabalho, pois o funcionário, quando adoece, precisa se sentir
fortalecido no ambiente de trabalho, até mesmo porque, às vezes a origem de seu
adoecimento se deu lá”, frisou Ademir Vidolin, membro do GT e da COE do
Bradesco.
Cláusula 57
Na parte da tarde, foi a vez do GT que discutiu o
desenvolvimento de programas para a melhoria contínua das relações de trabalho
nos bancos.
O banco fez uma apresentação aos membros do GT sobre as
questões que acredita que contemplam as premissas desenvolvidas na cláusula 57,
que são: comunicação, saúde e ambiente de trabalho. Também discorreu sobre a
incorporação dos temas nas soluções existentes, bem como criou um módulo
específico para lideranças.
Dentro das soluções existentes apresentadas pelo banco, se
encontram cursos presenciais e a distância, contendo temas como saúde mental;
comunicação; liderança; organização do trabalho; feedback; cartilhas de
‘LER/DORT’; técnicas de liderança; autogestão para líderes; entre outros.
Já no módulo específico, o banco apresentou temas como
capital humano; a importância da saúde para alavancar os resultados e
sustentabilidade do negócio; desenvolver e cuidar das pessoas; refletindo sobre
o dia a dia; fortalecendo o vínculo e confiança; entre outros.
"O trabalhador deve ser visto pela empresa, não apenas como
ferramenta de seu lucro, mas sim como parte integrante no aprimoramento
constante das melhorias no método de produção”, explicou Gustavo Moreno Frias,
diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Campinas e membro
do GT.
De acordo com os dirigentes sindicais este GT é importante
uma vez que aborda os principais problemas que afetam a saúde do trabalhador
bancário, pois dialoga desde as condições no ambiente de trabalho até a forma
de cobrança das metas.
Assim como no GT de retorno ao trabalho, uma nova data será
marcada em breve para o GT referente à cláusula 57.
*Contraf-CUT
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