Bancários
do Santander protestam em todo o país contra o descaso do banco nas negociações
do Acordo Aditivo. De acordo com informações enviadas pelos sindicatos à
Fetrafi-RS ocorreram paralisações nas bases de Camaquã, Cruz Alta, Ijuí, Litoral Norte, Rio
Grande, Pelotas e Vale do Paranhana. O Dia Nacional de Luta foi uma deliberação
da Comissão de Organização dos Empregados, para pressionar o banco espanhol a
apresentar propostas concretas que atendam às reivindicações dos funcionários
para o Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
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A pauta específica dos trabalhadores foi entregue à
instituição financeira no dia 12 de maio. Desde lá já ocorreram seis rodadas de
negociação sem qualquer encaminhamento para finalização do Acordo. Na última, ocorrida
em 16 de julho, diante da falta de avanços, os representantes dos trabalhadores
suspenderam os debates.
Na avaliação da COE, com base no balanço do primeiro
trimestre deste ano (o do primeiro semestre deve ser divulgado nesta quarta
27), a instituição financeira tem condições de atender as reivindicações dos
funcionários. Somente nos primeiros três meses, o lucro líquido foi de R$ 1,66
bilhão, crescimento de 1,7% em 12 meses e de 3,3% em relação ao mesmo período
de 2015.
O presidente da instituição no Brasil, Sérgio Rial, admitiu
publicamente que resultado em grande parte foi conquistado pela fidelização de
clientes antes inativos e a incorporação de novos correntistas. Isto demonstra
que o esforço feito pelos trabalhadores é responsável pelos números positivos
do Santander.
"Cobramos o fim da enrolação nas negociações do Aditivo.
Estamos às vésperas de mais uma campanha salarial e queremos encerrar as
tratativas sobre a pauta específica o mais breve possível. O banco espanhol
deve reconhecer a importância do empenho de seus funcionários. Nossas
reivindicações estão dentro das possibilidades do Santander”, afirma o
representante gaúcho na COE, Bino Köhler.
*Comunicação/Fetrafi-RS |