A necessidade de mais empregados para a Caixa Econômica
Federal será tema de audiência pública na Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. A reunião, solicitada
por Erika Kokay (PT-DF) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), que integram a Frente
Parlamentar em Defesa da Caixa, vai ocorrer na próxima terça-feira, 29 de setembro,
a partir das 14h30, no plenário 12 do anexo II.
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Entre os expositores estão o presidente da Fenae, Jair Pedro
Ferreira e a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa),
Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da
Federação. Também deverão participar representantes dos aprovados no concurso
público realizado em 2014, da Caixa, do Ministério do Planejamento e da
Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O Ministério
da Fazenda já recusou o convite.
"A falta de empregados é uma realidade nas unidades da
Caixa. É muito importante que esse assunto seja debatido no Congresso, pois é
de interesse não apenas da categoria, mas de todos os brasileiros. O que temos
hoje são trabalhadores mais sobrecarregados e doentes, e a população
enfrentando longas filas e muita espera por atendimento. Enquanto isso, há
milhares de concursados aguardam a convocação”, diz Jair Pedro Ferreira.
Para Fabiana Matheus, o lucro líquido do banco no primeiro
semestre, de R$ 3,5 bilhões, prova que não há motivos para o esvaziamento do
quadro de pessoal. "De forma intransigente e até desrespeitosa, a Caixa alega
que não pode contratar por conta do cenário econômico e das limitações
orçamentárias. Isso não se justifica, porque o que vemos é a empresa lucrando
cada vez mais. Importante salientar, no entanto, que só vamos obter avanços com
a mobilização de todos. A luta é difícil e está apenas começando”, afirma.
Segundo a CEE/Caixa, que assessora a Contraf-CUT e o Comando
Nacional dos Bancários, a Caixa está autorizada pelos órgãos controladores a
ter 103 mil empregados. No final de 2014, foi atingida marca dos 101 mil, mas
pouco mais de 3 mil deixaram a empresa este ano por meio do Plano de Apoio à
Aposentadoria (PAA). Recentemente, a presidente do banco, Miriam Belchior,
disse que o remanejamento interno seria a solução para a falta de trabalhadores
nas unidades, proposta que já foi rejeitada pelas entidades do movimento
sindical e associativo. *Fenae
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