O texto aprovado prevê reserva de 10% das cadeiras em todas
a Casas Legislativas – municipais, estaduais, distrital e federais – nas
próximas eleições, 12% nas eleições seguintes e 16% nas que se seguirem. A PEC
foi aprovada em primeiro turno e ainda precisa ser votada em segundo turno
antes de seguir para a Câmara dos Deputados.
Os deputados já rejeitaram uma proposição que estabelecia
cotas para a participação feminina em cargos eletivos, mas o relator na
comissão especial, Romero Jucá (PMDB-RR), garantiu que a nova PEC proposta é
diferente do texto anterior. Segundo Jucá, a principal diferença é que o texto
rejeitado previa cotas permanentes e o de agora estabelece um período de três
legislaturas com reserva de espaço.
Várias senadoras presentes na votação comemoraram a
aprovação da PEC. Autora de uma legislação que estabeleceu cota para candidatas
nas eleições, a senadora Marta Suplicy disse que as mulheres enfrentam ainda
muita dificuldade dentro dos partidos.
"É muito importante poder dar essa chance a essas mulheres.
E os partidos vão mudar a seleção das candidatas, porque hoje é para fazer
número. Precisa haver um número x, então pedem à secretária, à vizinha, à amiga
da mulher, a quem quer que seja para ser. Aí nós não temos nem mulheres de
verdade competindo e ficamos sempre na mesma situação”,disse. *Agência Brasil
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