O segundo maior banco privado do país informou nesta
quinta-feira que seu lucro líquido do período somou R$ 4,473 bilhões, alta de
18,4% ante igual etapa de 2014.
Excluindo efeitos extraordinários, o lucro foi de R$ 4,504
bilhões, alta anual também de 18,4% e pouco acima da previsão média de
analistas consultados pela Reuters, de R$ 4,339 bilhões.
Taxas maiores garantem lucro
O trabalho bem sucedido do banco em cobrar taxas maiores nos
empréstimos fez a receita com juros crescer 13,9% na comparação anual, a R$
13,4 bilhões. A margem líquida de juros subiu pelo quinto trimestre seguido na
base sequencial.
Com isso, o Bradesco revisou para cima sua previsão de
crescimento de receita com juros em 2015, de 6% a 10% para 10% a 14%.
Isso mesmo com a carteira de crédito tendo crescido apenas
6,5% no espaço de 12 meses encerrado em junho, a R$ 463,4 bilhões, com foco em
linhas menos arriscadas, como grandes empresas (+10,7%), consignado (+14,1%) e
imobiliário (+26,4%).
Em outra frente, o banco viu sua receita com tarifas, como
as de conta corrente e de cartões de crédito evoluírem 14,8% na comparação ano
a ano, para R$ 6,12 bilhões.
Despesas, provisões e inadimplência
O Bradesco também conseguiu controlar suas despesas
administrativas, que subiram 7,4% (abaixo da inflação) ano a ano, para R$ 7,54
bilhões.
A despesa com provisão para perdas, de R$ 3,55 bilhões, foi
13% maior sobre um ano antes, mas recuou 0,8% na base sequencial, sinalizando
que o ciclo de deterioração da carteira pode estar próximo do fim.
De todo modo, o índice de inadimplência acima de 90 dias
atingiu 3,7% no trimestre, alta de 0,2 ponto percentual sobre um ano antes e o
maior nível em dois anos. *Reuters
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