A Caixa é o principal agente na implementação de políticas
públicas do governo federal. O banco vai atuar para consolidar as conquistas do
governo, aprofundando o projeto coletivo de longo prazo de agente do
desenvolvimento econômico e social", destacou a ex-ministra do
Planejamento no discurso de posse. "Assumo o compromisso de manter uma
instituição que garanta o compromisso de dar direito a quem tem direito",
prometeu.
Miriam Belchior ressaltou que a instituição financeira
consolidou-se como primeiro banco em depósitos de poupança e no crédito
imobiliário no país. Segundo ela, a Caixa beneficiou-se da política de estímulo
ao crédito público depois da crise econômica de 2008.
"A atuação da Caixa ajudou a proteger Brasil da crise
internacional de 2008, que ainda hoje ameaça empregos. O banco enxergou na
crise a oportunidade de ganhar mercado, oferecendo melhores condições para os
atuais clientes e ganhando novos clientes. Ao mesmo tempo, manteve a eficiência
e antecipou metas projetadas para 2022", acrescentou.
Ao se despedir do cargo, o ex-presidente Jorge Hereda citou
números para comprovar o crescimento da Caixa desde março de 2011, quando
assumiu o comando da instituição. "O lucro subiu de R$ 3,8 bilhões, em
2010, para R$ 7,1 bilhões no ano passado. É um bom negócio atender nosso maior
acionista, que é o povo brasileiro", disse.
Hereda
Segundo Hereda, a Caixa saltou da quarta para a terceira
posição entre os maiores bancos brasileiros durante a sua gestão. Os ativos
financeiros saltaram de cerca de R$ 400 bilhões para R$ 1,1 trilhão no fim do
ano passado. O número de clientes, ressaltou, subiu 23 milhões no mesmo
período.
Para o ex-presidente do banco, o progresso foi ainda maior
no crédito imobiliário. Em 2005, quando Hereda assumiu a Vice-Presidência de
Habitação da Caixa, a instituição concedia R$ 5 bilhões de crédito habitacional
por ano. Em 2014, o montante saltou para R$ 128 bilhões. "O que fazíamos
em um ano em 2005, agora fazemos em 11 dias", comparou.
Levy
Último a falar, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse
que o banco está em situação saudável e recapitalizado para continuar a fazer o
papel de agente de políticas públicas. Ele defendeu a transparência e a boa
administração do banco como essenciais para prosseguir com os projetos.
"[A Caixa] tem de continuar uma empresa cada vez mais
bem administrada, mais atraente. Em épocas passadas, a incerteza fiscal teve
custo tremendo para a Caixa. O banco saiu de risco porque é precioso e as ações
certas foram tomadas. Preservação da boa gestão de risco, a capitalização
adequada e a análise de crédito criteriosa; mantidos esses caminhos, a Caixa
continuará uma empresa sólida de resultados, que cresce e tem valor
agregado", concluiu Levy. *Agência Brasil
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