Entidades do movimento sindical estão realizando debates
sobre o tema. Já foram realizadas discussões no Acre, Bahia, Ceará, Pará,
Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Foram agendados dois
seminários, um em Pernambuco e o outro em Belo Horizonte, nos dias 10 e 23 de
fevereiro, respectivamente.
A deputada federal Erika Kokay (PT/DF), que também é empregada da Caixa,
confirmou a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, no dia
25 de fevereiro, para discutir a abertura de capital do banco. Os membros da
Comissão Executiva dos Empregados também avaliaram como importante levar a
defesa da Caixa 100% pública para a Marcha dos Trabalhadores, convocada pela
Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelas demais centrais sindicais para 26
de fevereiro.
GDP
A CEE/Caixa – Contraf/CUT reforçou a posição contrária ao programa Gestão de
Desempenho de Pessoas (GDP). Para a comissão, trata-se de um gancho para a
privatização do banco. "A medida está baseada em conceitos e práticas
questionáveis dos maiores bancos privados. Ela também ameaça conquistas
históricas da categoria como a promoção por mérito e a PLR Social”, alerta
Genésio Cardoso, membro da CEE/Caixa.
Ficou definido que será publicada uma cartilha sobre o GDP. "O objetivo é
distribuir esse material para os empregados da Caixa, a fim de que todos saibam
porque somos contra o programa. Essa é uma atrocidade imposta no ano passado
pela direção da empresa. Não vamos aceitar esse absurdo, que representa a
individualização das relações de trabalho”, acrescenta Fabiana Matheus.
Isonomia
Na reunião desta quarta-feira, os membros da CEE/Caixa – Contraf/CUT também
fizeram uma análise das resoluções do terceiro Encontro Nacional de Isonomia,
realizado em agosto do ano passado, em Brasília. As federações firmaram o
compromisso de avaliar as propostas de forma mais detalhada para definir quais
serão os próximos encaminhamentos.
O ponto considerado mais urgente é a recolocação do projeto de lei nº
6.259/2005, que prevê isonomia entre os empregados da Caixa, do Banco do
Brasil, do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia. A Federação dos Bancários
da Bahia e de Sergipe (Feeb/BA-SE) se comprometeu a entrar em contato com o
deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA), um dos atores do PL, para buscar mais
informações sobre esse processo. As entidades que integram a CEE/Caixa farão um
levantamento dos parlamentares dos respectivos estados que poderão apoiar o
projeto de lei da isonomia.
Outros pontos
Foram repassados informes sobre a reunião da comissão paritária criada para
debater e formular uma proposta de critérios para promoção por mérito em 2015,
que ocorreu quarta-feira da semana passada. As discussões continuam nesta
quarta (4). A CEE/Caixa reafirmou o posicionamento manifestado pelos
representantes dos trabalhadores de não aceitar a vinculação das regras ao
cumprimento de metas, proposta que foi levantada pelos interlocutores da
empresa.
Os membros da CEE/Caixa – Contraf/CUT também avaliaram as discussões do GT
Saúde sobre a utilização do superávit do Saúde Caixa. O Acordo Coletivo de
Trabalho 2014/2015 estabeleceu como prazo limite a data de 15 de dezembro para
que o GT concluísse o debate, o que não aconteceu, porque o banco não repassou
as informações necessárias. Foi repactuado um novo prazo, até 15 de abril.
Foi debatida também a implantação dos projetos pilotos dos Fóruns Regionais de
Condições de Trabalho em São Paulo e Paraná. Esses fóruns têm por objetivo
debater problemas relacionados à jornada de trabalho, assédio moral, segurança
e estrutura das unidades, buscando propostas para solucioná-los. Os
projetos pilotos serão instalados também em Brasília, Campinas e Fortaleza.
A CEE/Caixa fez ainda uma discussão sobre os temas que deverão ser debatidos
durante o 31º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal
(Conecef), sem data definida.
Mesa permanente
Está agendada para o dia 19 de março a primeira reunião do ano da mesa de
negociação permanente com a Caixa. A pauta ainda será definida. "Essas
negociações são importantes para darmos encaminhamento à pauta definida pelo
Conecef e para tratarmos pendências da campanha salarial, bem como para cobrar
da Caixa o cumprimento das nossas conquistas que estão sendo desrespeitadas. Em
2015, manteremos como prioridades a melhoria das condições de trabalho e a
defesa da Caixa 100% pública”, destaca Fabiana Matheus. *Fenae
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