Na ocasião, os personagens
Magnólia (Zezé Polessa) e Severo (Tato Gabus Mendes), ao se tornarem
milionários, debocham e desrespeitaram a categoria bancária. Na cena, ao
receber um telefonema do gerente do banco, que alertava o casal sobre o excesso
de gastos que poderiam desequilibrar a conta bancária dos dois, Magnólia
afirma: "Não esquenta a cabeça com essa gente, não. Se bancário entendesse
de dinheiro, não seria pobre e não vivia fazendo greve".
Assim como à Rede Globo, a
Fetrafi-RS repudia a conduta do autor da telenovela Aguinaldo Silva e seus
colaboradores.
Confira a nota da Fetrafi-RS
“A categoria bancária solicita uma
resposta da Rede Globo à conduta desrespeitosa do autor da novela, Aguinaldo
Silva e seus colaboradores. O tratamento ofensivo ao trabalhador deprecia a
categoria e é inaceitável. Fere os direitos humanos e o respeito ao trabalhador
brasileiro, especialmente por se tratar de programação em horário nobre e com
audiência nacional. Como concessão pública, a televisão brasileira deve zelar
pela integridade de cada cidadão e de cada trabalhador.
A categoria bancária é unida e
sente orgulho por lutar por melhores condições de trabalho e dignidade humana.
A greve é um instrumento de luta legítimo, previsto em lei, para se buscar avanços e conquistas dos direitos. Os
bancários sofrem diariamente os efeitos dos maus serviços prestados pelos bancos
à sociedade brasileira.
Jornadas cansativas, pressão por
metas abusivas, medo da violência de quadrilhas de assaltantes são algumas das
dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores de agências bancárias. Além disso,
é prática constante das instituições financeiras demitirem profissionais para
reduzir custos, inviabilizando o atendimento de qualidade.
A Fetrafi-RS manifesta, assim, sua
indignação e seu repúdio a manifestação descabida e desrespeitosa ao
trabalhador bancário. Durante a greve dos bancários em 2014, um colunista da
afiliada da Rede Globo, do Grupo RBS, também já havia chamado os grevistas do
Banrisul de “vagabundos”.
Que este capítulo da
quarta-feira, 21/1, da novela “Império”, da TV Globo, não passe despercebido
aos representantes governamentais e que se faça valer o que rege a Constituição
Federal, em seu Capítulo V, Art. 221: A produção e a programação das emissoras
de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: I - preferência a
finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; e IV - respeito
aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.”
Fonte: Comunicação Fetrafi-RS |