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Trabalhador não pode pagar a conta da desigualdade
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Economia | 26/01/2015 | 00:01:58
Trabalhador não pode pagar a conta da desigualdade
SindBancários lança nota de repúdio a medidas econômicas
 

Chegou a hora de demonstrarmos a nossa indignação e nosso repúdio ao retrocesso que as medidas econômicas mais recentes do Governo Federal representam para os trabalhadores. O SindBancários entende que o Governo Dilma Rousseff toma um caminho diferente daquele que se comprometeu  com trabalhadores e seus representantes antes e durante o período eleitoral. Nos meses que se sucederam à vitória eleitoral sobre um projeto neoliberal, vemos o governo da presidenta repetir erros de outros governos do passado. O principal deles é jogar na conta e nas costas dos trabalhadores e trabalhadoras os custos de uma suposta recessão.
O mais lamentável é que o governo toma medidas que já se provaram equivocadas e capazes de ampliar desigualdades em vez de combatê-las. O caso da elevação da taxa Selic para 12,5% ao ano, chegando ao mais alto índice dos últimos três anos e meio, é indicativo de que estamos prestes a fabricar um processo recessivo em vez de debelá-lo. O SindBancários entende que aumentos de salários, estímulo ao consumo interno, como o governo federal vinha fazendo há 12 anos, constituem o instrumento mais eficaz no combate à recessão e não ajustes fiscais e econômicos que deixem os pobres ainda mais pobres e os ricos mais ricos.

A taxa de juros elevada beneficia os rentistas. Esses agentes do sistema financeiro costumam obter lucros a partir do dinheiro que emprestam e aplicam no sistema financeiro. Para eles e para os bancos, o aumento da Selic amplia lucros e é garantia de enriquecimento com índice de risco rebaixado. O governo Dilma parece resignado a favorecer o mercado financeiro, tendo o ministro da Fazenda Joaquim Levy, CEO do Bradesco, o artífice desta rendição.

Sabemos que no mundo inteiro uma crise econômica assola os países ricos. Entendemos que, em muitos desses países, a causa fundamental dessa crise está relacionada ao fim da proteção social do Estado. Foi o fim do estado de bem-estar social e a emergência do neoliberalismo a partir dos anos 1980 as causas do empobrecimento e do fim de milhões de empregos na Europa e Estados Unidos. Portanto, restringir o acesso a direitos, dificultar a vida dos trabalhadores e facilitar o lucro de banqueiros e milionários levam sim um país à recessão, pois favorecem a desigualdade.

Por isso não compreendemos o rumo que as decisões do governo Dilma estão tomando. Não podemos aceitar medidas que prejudiquem os trabalhadores e causem o empobrecimento da população brasileira. As Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, ao seguro-defeso, à pensão por morte, ao auxílio-doença e ao auxílio-reclusão representam um retrocesso. Estão afinadas aos discursos de austeridade que representam a redução do Estado, sua diminuição em prejuízo daqueles que mais precisam de proteção.

O aumento das tarifas da energia elétrica, a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), do PIS-Cofins sobre combustíveis e produtos importados e o maior retorno da Cide incidem sobre os custos do emprego. Enquanto o aumento das taxas de empréstimos para pessoas físicas e da taxa de juros para financiamento da casa própria dificultam o crescimento econômico e o acesso a um direito fundamental que é a moradia. Sem contar que o governo federal já anunciou disposição para vender patrimônio da Caixa Econômica Federal, banco público que faz muitos projetos sociais, como o Minha Casa Minha Vida, se concretizarem. A presidenta acertou somente quando vetou a correção da tabela do Imposto de Renda em 6,5%.

O governo quer aumentar a arrecadação em cerca de R$ 40 bilhões com todas essas medidas de redução de direitos dos trabalhadores e, segundo cálculos do FMI, tem uma projeção de crescimento do PIB de apenas 0,3 do ponto percentual. Nós entendemos que os trabalhadores e as camadas mais pobres da população não podem pagar com sofrimento por um crescimento econômico ínfimo.

Queremos mais, governo Dilma. Queremos e precisamos que o governo federal tenha a coragem de aprofundar reformas. Precisamos de uma reforma tributária que inclua as grandes heranças e grandes fortunas como alvo de impostos e tarifação. É de necessidade fundamental que as transações nas bolsas de valores também sejam taxadas e sobre elas incida maior volume de impostos.

As medidas do governo Dilma constituem um retrocesso e nós vamos lutar para que não se aprofundem e sejam revertidas. Elas ocorrem num período em que até o presidente da maior economia capitalista do mundo, o estadunidense Barak Obama, desafia o congresso de seu país a aumentar a carga tributária sobre a fortuna dos mais ricos em benefício da classe média e dos mais pobres. Está na hora de os trabalhadores participarem e reagir. Não podemos e não vamos aceitar que os trabalhadores paguem a conta daquilo que são credores: direitos conquistados e dos muitos que ainda lutaremos para conquistar.

Fonte: SindBancários
 
 
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