Os dirigentes sindicais questionaram vários temas de
interesse dos colegas do Bradesco como as demissões, a falta de segurança das
agências, folga assiduidade, assédio moral, rodízio de autoatendimento e o
tempo de efetivação das transferências.
Demissões
Durante a reunião, o Sindicato apresentou um perfil dos demitidos até dezembro
de 2014, destacando que, dos 97 bancários demitidos em 2014 em todo o Rio
Grande do Sul, a maioria deles ocupava função de gerência e 36% tinham até
cinco anos de banco. Outro ponto destacado pelos sindicalistas é o fato do
Bradesco pagar os menores salários do mercado, o que gera desmotivação entre os
funcionários.
Também foi abordada a legislação de segurança bancária, especificamente as leis
que determinam colocação de biombos; vidros à prova de balas; disposição
câmeras de vídeo e portas de segurança.
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, avalia a reunião de maneira positiva, mas destaca que a Superintendência
Regional do Bradesco precisa resolver os problemas nas agências. "Nessa
reunião, fizemos o papel da base. Os assuntos que tratamos são todos de
interesse dos bancários do Bradesco. Não é possível que um banco com tamanha
lucratividade, com crescimento obtido no último período e o valor de marca
superior ao da Petrobrás, não possa resolver essas demandas. Não há motivos
para demissões nem para segurar investimentos em segurança”, afirma Gimenis.
O diretor Luis Gustavo Soares apresentou relatório
sobre a estrutura de trabalhadores que atuam no Polo do Bradesco em Porto
Alegre. O banco confirmou a intenção de realocar os funcionários, sendo que alguns
já estão trabalhando em outras agências bancárias, mas não apresentou data para o
fechamento dos departamentos. "Vamos acompanhar esse processo. Temos um relatório
completo sobre quem trabalha e onde está. O banco não pode usar esse processo
como desculpa para demitir. O Sindicato está acompanhando e vai atuar em defesa do emprego”, explica
Luis.
O SindBancários continuará monitorando as questões
tratadas com os representantes do banco e voltará a cobrar soluções. Os
colegas do Bradesco podem entrar em contato com seus dirigentes e fazer
denúncias. A identidade de cada um dos colegas será preservada. *Imprensa/SindBancários com edição da Fetrafi-RS
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