Queremos mais
Os dirigentes sindicais defenderam a manutenção das atuais cláusulas do aditivo
com ajustes e apresentaram várias reivindicações da minuta para que sejam
incluídas no novo instrumento, tais como:
- garantia contra dispensa imotivada;
- estabilidade provisória para empregados em regime pré-aposentadoria;
- realocação de funcionários em caso de fechamento de agências e centros
administrativos;
- licença remunerada pré-aposentadoria (pijama);
- mais saúde, melhores condições de trabalho e mais contratações;
- políticas preventivas de saúde e de acidentes de trabalho;
- manutenção da assistência médica aos aposentados nas mesmas condições da
ativa;
- ampliação das bolsas de estudo para segunda graduação e pós;
- adiantamento de férias de um salário com desconto em 10 vezes sem juros;
- proibição de descontos de comissões por venda de produtos;
- auxílio ao estudo de idiomas;
-auxílio para curso de certificação da Ambima;
- bolsa de férias, a exemplo da Espanha;
- linha de crédito para aquisição de moradia;
- isenção de tarifas e redução de juros;
- auxílio academia para todos;
- abono assiduidade de cinco dias por ano;
- licença remunerada à mulher vítima da violência;
- licença não remunerada para fins de estudo;
- auxílio para funcionários que tenham filhos com deficiência intelectual;
- fim das discriminações de gênero, raça, orientação sexual e aos trabalhadores
com deficiência.
Os representantes do Santander concordaram com a manutenção das atuais
cláusulas do acordo com adequações e ouviram os argumentos dos dirigentes
sindicais sobre as novas propostas apresentadas. Eles fizeram muitas anotações,
disseram que tudo estava "entendido", mas não falaram o que pode ser
atendido ou não pelo banco. Â "Esperamos que o
Santander analise as demandas dos trabalhadores e traga uma resposta na próxima
rodada de negociação. Queremos avanços concretos como forma de reconhecimento
ao empenho e dedicação dos funcionários", salienta Ademir Wiederkehr,
secretário de Imprensa da Contraf-CUT. "A retomada das negociações com representação do banco Santander ocorre em um momento de inúmeras dificuldades enfrentadas pelos funcionários. Entre elas estão o altíssimo número de
demissões; as metas abusivas e as distorções salariais, que são cobranças permanentes nas negociações específicas. O Banco deve adotar uma
postura de respeito com relação aos trabalhadores. Não é possível que diante da
lucratividade imensa lucratividade obtida pelo Santander no Brasil o Banco continue a demitir de forma desenfreada", ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte e representante gaúcho na negociação, Bino Kohler.
 Â
Aditivo prorrogado
O banco entregou um documento para as entidades sindicais, formalizando "a
prorrogação do acordo coletivo de trabalho 2012/2014 aditivo à CCT - Convenção
Coletiva de Trabalho da categoria, cuja vigência encerrou em 31/08/2014 em
razão das negociações entabuladas com vistas à respectiva renovação".
A prorrogação do aditivo foi solicitada pelas entidades sindicais durante o ato
de entrega da pauta específica no último dia 14 de agosto.
Denúncia grave
Os representantes dos trabalhadores denunciaram a existência de um controle do
banco para a caracterização do funcionário como inapto. Foi entregue ao banco
um formulário de "prontuário clínico" da empresa Micelli Soluções em
Saúde Empresarial, contratada pelo Santander para fazer exames como os
periódicos e os de retorno ao trabalho.
No prontuário há um espaço onde consta o "fluxo para inaptidão", onde
o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador
para conclusão".
Nova rodada de negociação
Os dirigentes sindicais fizeram uma proposta de calendário, que prevê
negociações nos primeiros dias das duas próximas semanas, visando discutir
todas as reivindicações da minuta específica, ao mesmo tempo em que estão
ocorrendo as negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.
O Santander ficou de analisar a proposta e dará uma resposta até o final da
tarde desta quarta-feira (3). *Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS
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