O SAS-Dieese informa que, no ano passado, os valores
acordados variaram entre R$ 678,00, (equivalente ao valor do salário mínimo
vigente em 2013) e R$ 3.600,00.
O valor médio dos pisos foi de R$ 879,04, cerca de 9% maior,
em termos nominais, que o valor médio observado em 2012 (R$ 802,89).
Em relação aos valores estabelecidos para os pisos,
aproximadamente 6% correspondiam ao salário mínimo vigente; cerca de um terço
até R$ 750 e quase metade de até R$ 800.
Pisos acima de R$ 1 mil foram observados em 16% das
negociações analisadas e superiores a R$ 2 mil, em apenas 1,5%.
Na desagregação por setor econômico, a pesquisa mostra que
em todas as áreas o porcentual de unidades de negociação com aumento real nos
pisos salariais foi superior a 90%.
A maior incidência de pisos com reajustes foi no Comércio
(97,4%) e na Indústria (96,8%), seguido pelo setor Rural (92,6%) e de Serviços
(91,7%).
Já aos reajustes abaixo da inflação, observados em quase 3%
das categorias, foram mais frequentes no setor Rural (7,4% das unidades de
negociação) e nos Serviços (5,2%). Nos setores de Indústria e Comércio, esse
porcentual foi de 1,7% e 0,9%, respectivamente.
O levantamento revela também que o Salário Mínimo Necessário
calculado pelo Dieese para 2013 variou entre R$ 2.621,70 (valor aferido em
setembro) e R$ 2.892,47 (em abril), o que resultou em um valor médio anual de
R$ 2.765,33, o equivalente a 4,08 salários mínimos oficiais.
A pesquisa destaca que, no ano passado, apenas duas
categorias analisadas registraram pisos salariais superiores ao valor médio do
Salário Mínimo Necessário, ambas em convenções coletivas de médicos, o que puxou
o valor médio do setor de "Serviços de Saúde Privada” para R$ 3.600,00.
No relatório do estudo, o Dieese comenta que o resultado de
2013 por si é "expressivo”, embora seja ligeiramente inferior ao registrado em
2012, quando o porcentual de unidades de negociação com aumentos reais atingiu
98% das 696 unidades pesquisadas.
De acordo com o órgão, essa diferença pode ser decorrente,
"em parte”, da valorização do salário mínimo, "cuja influência sobre as
negociações dos pisos salariais vem sendo observada pelo Dieese nos últimos
anos”.
"A correlação positiva entre a política de valorização do
salário mínimo e a valorização dos pisos salariais é um dado importante para o
debate sobre a continuidade da referida política, a partir de 2016″, destaca a
entidade no relatório. *Agência Estado
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