A atuação dos criminosos se dava em dois núcleos no estado gaúcho. O primeiro negociava a venda fraudulenta de precatórios. Com documentos falsos, pessoas se tornavam responsáveis pelos créditos e repassavam às empresas que tinham dívidas. Elas utilizavam o valor para abater dívidas. Apenas meses depois a inclusão do crédito, o Judiciário e a empresa ficavam sabendo que tinham caído em um golpe. Para que o valor não fosse identificado, uma casa noturna no bairro Cidade Baixa utilizava a sua conta para movimentar o lucro obtido nas operações. Apenas neste núcleo é estimado que a fraude atingisse R$ 26 milhões.
 O segundo grupo tinha o apoio de uma funcionária do departamento de Precatórios do Tribunal de Justiça. Ela, que já foi exonerada do cargo, repassava informações sigilosas, em especial de credores de precatórios. Também havia a falsificação de documentos e assinaturas. As operações envolvem R$ 11,6 milhões.  *Terra |