A visita do novo Superintendente Regional, ocorrida nesta terça-feira, 22/7, foi pontuada, por parte do gestor, pela compreensão a respeito dos efeitos das cobranças de metas abusivas e a repercussão na saúde dos bancários. Para o movimento sindical, a direção do Banco do Brasil tem muita dificuldade de reconhecer este problema, sobretudo nas negociações com a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa dos Funcionários.Â
Com 35 anos de Banco do Brasil e vindo de Contagem, Minas
Gerais, Sadi disse que precisará conciliar um desempenho financeiro positivo e
a motivação dos trabalhadores e defendeu o diálogo com o Sindicato. "Entendo o
Sindicato como defensor dos nossos interesses legítimos. Vamos trabalhar para
construir uma relação de diálogo. Problemas sempre têm. Precisamos conciliar a
meta com a saúde dos bancários”, disse o superintendente.
Ele recebeu das mãos do presidente do Sindicato, Mauro
Salles, livros produzidos na Oficina Literária e a História em Quadrinhos do
Sindicato. O dirigente sindical exaltou a história de 81 anos do SindBancários na defesa
dos direitos dos trabalhadores.
Além do presidente Mauro Salles, participaram da recepção ao
superintendente o diretor Financeiro eleito do Sindicato, Flávio Pastoriz, o
diretor eleito de Formação, Julio César Vivian e os dirigentes da Fetrafi-RS,
Mauro Cardenas e Luiza Bezerra. Os quatro últimos são funcionários do BB e adiantaram questões que o superintendente terá que enfrentar na regional que
assumiu há pouco mais de uma semana.
"O problema do Banco do Brasil é i impacto da
cobrança das metas na saúde dos trabalhadores. Vivemos um clima de assédio moral. Há
colegas que estão tomando remédio tarja preta para trabalhar e recebendo torpedos
no sábado e domingo”, pontuou Pastoriz.
O diretor Júlio Vivian falou sobre a tradição do
SindBancários de resolver problemas, negociando diretamente com a superintendência.
"Temos uma relação tranquila. Resolvemos problemas pontuais sem virar um
problema nacional. Questões individuais das agências costumam ser resolvidas aqui”,
salientou Julio.
A diretora da Fetrafi-RS, Luiz Bezerra, também
salientou o diálogo como método para a resolução de problemas. "Nossa primeira
opção é buscar o diálogo. Quando não se resolve o problema que se apresenta,
buscamos outra solução”, acrescenta Luiza.
"Respeitamos a instituição enquanto empresa. Muitas vezes,
essas atuações não levam a um bom caminho. Precisamos avançar na questão do
assédio moral. O adoecimento é mascarado. Não temos acesso a números de colegas
adoecidos por causa da política do banco. Conseguiríamos avançar se os gestores
enfrentassem esse problema de frente”, avaliou Mauro Cardenas.
Na visita que fez à Casa dos Bancários, Sadi Henges
esteve acompanhado dos assessores Ronaldo Fraga Veit e Felipe Chassot Greis.