A defesa dos bancos públicos foi uma das pautas mais
lembradas durante o 13º Congresso Estadual da Fetrafi-RS, que ocorreu nos dias
13 e 14 de abril em Porto Alegre. O vice-presidente da Federação Nacional das
Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto,
expôs a situação do Banrisul e do Banco do Brasil, mas em especial da Caixa,
que vem sofrendo com o fatiamento e venda de ações. |
Dados do Banco Central apresentados por Takemoto demonstram
a importância dos bancos públicos para a população do Rio Grande do Sul. O
total de operações de crédito dessas instituições no estado ultrapassou os R$
123 bilhões, ou 77,7% de todas as operações, sendo que a Caixa, sozinha,
responde por R$ 31,9% delas. Apenas 14,5% pertencem aos bancos privados e 7,8%
ao sistema cooperativo.
O vice-presidente da Fenae lembrou, ainda, que 90% dos
financiamentos para baixa renda são da CEF e que a instituição é responsável
pela maior fatia do crédito imobiliário. "Os bancos públicos são muito
relevantes para a sociedade. É por isso que não vamos nos calar, não vamos nos
render nessa luta”, destacou. "Sem bancos públicos não há desenvolvimento”,
completou Gilmar Aguirre, representante da Fetrafi-RS na Comissão de Empregados da Caixa e diretor da Contraf-CUT.
A Federação e a Contraf-CUT vêm realizando, desde o ano
passado, a campanha "Não tem sentido”, contra o enfraquecimento, fatiamento e
privatização da Caixa, em que esclarecem a sociedade sobre o assunto. Durante o
Congresso da Fetrafi, as entidades distribuíram cartilhas da campanha sobre as
lutas e conquistas dos direitos dos empregados do Banco, como a greve histórica
de 1985 e os protestos contra demissões na década de 90. |