Em 2017, o banco já havia lucrado R$ 1,05 bilhão, quase 60%
a mais do que no ano anterior. Parte desses bons resultados, segundo o presidente
Luiz Gonzaga Veras Mota, se deve aos investidores. "Temos mais de 2 bilhões de
reais no BNDES em linhas para repasse no estado. Estamos prospectando
operações, à disposição para quem quer desenvolver-se aqui”, disse à imprensa.
Para a diretora da Fetrafi-RS Denise Falkenberg Corrêa,
funcionária do Banrisul, os trabalhadores e trabalhadoras do Banco também tiveram
papel fundamental nesses ganhos. "Esse lucro foi obtido pela dedicação,
competência e profissionalismo dos empregados e empregadas do Banrisul”,
ressaltou.
Ela acredita que o balanço é a prova cabal de que estatal dá
certo e que, por isso, não há nenhuma razão plausível para vender o Banrisul. "Patrimônio
não se vende. Ele precisa ser defendido pelo povo”, concluiu.
Superioridade
sobre bancos privados
Comparado a bancos privados, o desempenho do Banrisul foi
superior em vários aspectos: os lucros são maiores que os do Bradesco (13,4%) e
do Itaú Unibanco (3,4%). Além disso, em 2018, a carteira de crédito do Banrisul
cresceu 8,6%, impulsionada pela alta liquidez. O aumento, mais uma vez, foi
maior que o do Bradesco (7,8%) e do Itaú (7,9%). Também foi superior ao
crescimento do mercado de crédito em todo o país, que teve média de 5,5%,
segundo o Banco Central.
No total, o banco público injetou R$ 47,2 bilhões na
economia do Rio Grande do Sul e seu índice de cobertura chegou a 300%. Para
cada real de inadimplência, o Banco tem R$ 3 guardados, o que, segundo o
presidente do Banrisul dá "segurança para seguir multiplicando a oferta de
crédito”.
Bolsa de
valores
Após a divulgação do resultado, as ações do Banrisul dispararam
na bolsa de valores e operam com valorização de 4,03% a R$ 24,55. Um prato
cheio para o governo estadual, que mencionou a intenção de vender ações do banco para
pagar dívidas com a União.
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