A 20ª Conferência Estadual dos Bancários foi uma grande
demonstração de força e de unidade da categoria no Rio Grande do Sul. O evento
encerrado na manhã de domingo, dia 20, em Porto Alegre, reuniu 588 delegados e
delegadas. Todos os cantos do Rio Grande do Sul estiveram representados durante
os dois dias de Conferência pelos 38 sindicatos da base da federação. A pauta
de reivindicações dos bancários gaúchos será defendida pelos 38 representantes
do Estado que participarão da Conferência Nacional, que acontece nos dias 9 e
10 de junho, em São Paulo.
Resoluções aprovadas
pela 20ª Conferência Estadual dos Bancários:
- Manutenção dos Direitos garantidos na CCT e nos aditivos
regionais;
- Reposição da inflação, mais 5% de aumento real do salário;
- Continuidade da mesa única de negociação, com mesas
concomitantes dos bancos públicos para negociações específicas;
- Aplicação da CCT e dos aditivos regionais com extensão de
todas as conquistas ao conjunto da categoria, impedindo qualquer negociação
individual, como para a formação de banco de horas;
- Defesa do emprego bancário com o fim das demissões e da
rotatividade;
- Não à terceirização e aos contratos parciais,
intermitentes e a precarização do trabalho;
- Proibir as demissões em massa;
- Homologações das demissões somente no sindicatos;
- Não à pressão por metas e ao assédio moral e sexual;
- Cobrança de taxa negocial aprovada em assembleias nos
sindicatos para todos os bancários, sócios e não-sócios, como forma de sustentação
financeira dos sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais,
diante do fim do imposto sindical;
- Retomar as mesas temáticas de saúde do trabalhador,
segurança bancária e igualdade de oportunidade de terceirização junto à
Fenaban;
- Defesa da democracia e da soberania nacional;
- Defesa dos bancos públicos estaduais, regionais e
federais;
- Não à privatização de empresas públicas estaduais e
federais;
- Democratização dos meios de comunicação com o fim dos
monopólios e dos oligopólios para a regulação da mídia;
- Participação no Comitê Sindical Lula Livre, buscando
esclarecer aos trabalhadores sobre o golpe de 2016, mostrando que Lula foi
condenado sem prova e sem crime e que hoje é preso político para impedi-lo de
ser candidato nas eleições de outubro;
- Participação de cada bancário e bancária nas eleições
gerais de 2018, pois são estratégicas e decisivas para o futuro do Rio Grande
do Sul e do Brasil;
- Apoiar os partidos e seus candidatos que estejam realmente
comprometidos com as pautas da classe trabalhadora;
- Denunciar os partidos e os parlamentares que votaram a
favor de projetos contra os interesses dos trabalhadores e da maioria da
população para que não sejam reeleitos;
- Não à aprovação do PL 268 da Câmara dos Deputados, pois
acaba com a eleição de diretores e a paridade dos conselhos deliberativos
fiscais dos fundos de pensão das estatais;
- Resistir à aplicação da reforma trabalhista do governo
Temer, lutando pela revogação desse duro golpe que destruiu a CLT e os direitos
dos trabalhadores;
- Manter a luta contra a reforma da previdência do Governo
Temer, denunciando na Campanha eleitoral os partidos e os candidatos que apóiam
essa proposta nefasta que destrói a previdência pública para favorecer os
bancos para a venda dos planos de previdência privada;
- Lutar pela revogação da chamada PEC da morte, que congelou
investimentos públicos por 20 anos, como em saúde e educação, cujos efeitos já
estão ocorrendo com o corte de verbas para o SUS e para as escolas;
- Apoio à luta dos petroleiros contra o sucateamento da
Petrobras e a entrega do Pré-Sal às empresas petroleiras internacionais;
- Não à aplicação das resoluções 22 e 23 da CGPAR que
trouxeram prejuízos para os bancários de bancos públicos com a alteração na
forma de custeio dos seus planos de saúde, como Cassi, Saúde Caixa e demais;
- Retomar o debate interno sobre as novas tecnologias, os
novos sistemas descentralizadores, o papel da Sintec no mercado de crédito e
concorrencial, a oferta de produtos bancários e seus impactos no emprego e a
organização do novo emprego bancário; |