E não é tudo. Às 17h desta quarta-feira, deverá ser entregue ainda um pedido de investigações ao procurador-geral do MPC, Geraldo Da Camino, sobre as irregularidades que envolveram as vendas de ações, nos dias 10 e 27 de abril. Também foi definida a entrega de um pedido de investigação ao presidente do Tribunal de Contas do Estado, Iradir Pietroski, no final da manhã da quinta-feira, dia 03. A diretora da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Corrêa, esteve presente na reunião.
Estado promove "gestão temerária”
"Hoje o estado pratica uma gestão temerária”, afirmou Gimenis. "Esta questão não pode ficar apenas na esfera jurídica, pois também são ações políticas que estão destruindo o patrimônio estadual”, argumentou.
O presidente da Frente Parlamentar, deputado Zé Nunes (PT), mostrou-se favorável às medidas propostas pelo SindBancários. "Não há tempo a perder. Sartori já mostrou que quer vender tudo o que puder para viabilizar o final de seu governo. E até a existência do Banrisul com as características e o papel social que o banco tem estão hoje ameaçadas, pois o projeto deste governo é ver a instituição gerida por uma visão de mercado”, acrescentou.
Voto do mercado
Durante a reunião foi lembrado ainda que no leilão de sexta-feira, dia 27 de abril, as ações vendidas foram ordinárias, com direito a voto. O fato gera ainda maior preocupação, pois começa a abrir as portas para que o mercado intervenha na gestão do Banrisul. Os participantes da reunião na Assembleia Legislativa destacaram ainda que tanto a venda de ações do dia 10 quanto as do dia 27 não tiveram divulgação pública ampla nem anúncio de fato relevante”, como determina a lei.
Rebaixamento do valor das ações
Também foi apontado o fato gravíssimo que sugere ação para o rebaixamento proposital do valor das ações nestas vendas, o que materializa perda material para o estado. "O Rio Grande está sofrendo dano neste processo”, disse Gimenis.
Ação cautelar
O deputado Zé Nunes disse que será solicitado ao procurador-geral do MPC uma ação cautelar para suspender e frear toda esta movimentação, devido ao acúmulo de irregularidades que estão sendo registrados. "Isto não anula outras eventuais ações judiciais que estejam sendo impetradas. Nosso objetivo é exigir mais e melhores informações do governo do estado e anular tudo o que já foi feito”, concluiu.
Informações e foto: SindBancários |