Os problemas já começam na definição da Comissão Eleitoral. Desde 2006, quando os empregados da Caixa participantes do fundo conquistaram o direito de votar para escolher os diretores da Funcef, o processo eleitoral era conduzido pelos participantes e a Comissão Eleitoral era formada por três representantes dos participantes, dos da Caixa e um da Funcef. Nesta eleição, os participantes perderam um membro na comissão, o que favorece a patrocinadora. Além disso, o pequeno prazo entre a publicação do edital, as inscrições de candidatos e o início da votação prejudica a organização das chapas, a difusão e o debates sobre as propostas e fere princípios básicos da democracia. As regras preveem que, para que uma chapa possa concorrer ao pleito, tenha que, obrigatoriamente, ter 1.000 manifestações prévias de apoio de participantes do fundo, e proíbe a manifestação de apoio a mais de uma chapa, o que, na prática, obriga o participante a votar antes do início da eleição. Por fim, ao definir a internet como única plataforma de votação, o processo eleitoral exclui os participantes que não têm acesso à internet. Isso parece algo pouco importante nas regiões Sul e Sudeste do país, mas o fato é que existem diferentes condições de conectividade e acesso a tecnologias por parte de ativos e aposentados nas diferentes regiões do país, que não foram consideração na elaboração das regras do pleito e, por isso podem levar a que participantes percam o direito de voto. A Contraf-CUT defende eleições amplas, inclusivas e participativas, que privilegiem o debate e permitam aos participantes definirem o perfil da Funcef a partir das propostas em disputa. Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) |