O programa apresentado prevê a criação de novas funções, readequação nos
quadros das agências, criação de três novas Centrais de Atendimento, corte em
vagas de caixas e fechamento do CENOP - Centro de Apoio aos Negócios de Recife.
As novas Centrais de Atendimento serão criadas nas praças de Recife,
Ribeirão Preto e São José (cidade vizinha de Florianópolis).
O banco anunciou a criação de mais de 2 mil novas carteiras de clientes
para atendimento digital e ampliação do horário de atendimento noturno nas
CABB.
Haverá também redução da função de caixa executivo em várias PSO e
agências. Os caixas serão priorizados para realocação.
NOVAS REESTRUTURAÇÕES COM CORTES E AMPLIAÇÃO
Após o anúncio, reuniões com funcionários foram feitas para detalhar
como ficarão as estruturas. Algumas agências tiveram incremento no quadro de
funcionários e outras tiveram redução. Foi anunciado o fechamento de alguns
escritórios digitais gerando excessos de vagas de escriturários e cargos
comissionados.
Não há uma informação concreta sobre aproveitamento dos gerentes pessoa
jurídica desses escritórios nas vagas criadas.
PLANO DE ADEQUAÇÃO DE QUADROS – PAQ
Foi anunciado também um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) para a
regularização dos excessos já existente e de novos excessos de funcionários
criados com o corte de dotação em algumas unidades. O público-alvo do PAQ são
somente caixas e escriturários em excessos na praça ou em excessos no cargo, na
sua unidade.
O Plano de Adequação de Quadros prevê incentivos para a remoção para
locais de difícil acesso, desligamento voluntário e incentivado com compensação
pecuniária, bem como aposentadoria com condições específicas dentro do PAQ.
Os funcionários que já detém aposentadoria pelo INSS não formam o
público-alvo do PAQ na modalidade de aposentadoria.
NEGOCIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
A Contraf-CUT se reuniu com o BB no mesmo dia do anúcio, quando o banco
apresentou informações sobre o programa.
Com as informações preliminares, a Comissão de Empresa já solicitou ao
banco dados detalhados, como a quantidade de vagas criadas e os cortes em cada
prefixo, o tamanho e dotação das unidades criadas e que seja estendida a
gratificação de caixa aos excedentes por mais quatro meses, equiparando-se a
VCP dos cargos comissionados em excesso.
Foi solicitada ainda que as priorizações sejam respeitadas de forma a
garantir a realocação de todos os funcionários em excesso nos cargos.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos
Funcionários do BB, os vários fechamentos de unidades não deixam de ser
reestruturações traumáticas que precisam ser acompanhadas bem de perto e de
forma a não haver perda salários como o que houve há menos de um ano. "As vagas
criadas são bem-vindas e, ao que parece, são mais que os cortes. Contudo, onde
há corte, faremos o acompanhamento até que todos sejam realocados.”
De acordo com Nascimento, embora o público-alvo seja pequeno, após as
movimentações de realocação, a rientação é que o funcionário tenha cautela ao
aderir ao desligamento que já começa com a perda dos planos de saúde e
previdência. " eve ser observado ainda que a nova lei trabalhista retirou
direitos de trabalhadoras e trabalhadores que pedem demissão”, completou.
O secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, lamenta que –
depois de tanto terrorismo feito em 2017 – o banco surpreenda os funcionários
com outra restruturação. "Este é outro modelo que reduz postos de trabalho e
aumenta o grau de insegurança, até pela falta de informação dos funcionários, o
que prejudica diretamente o ambiente de trabalho. Por isso, é muito injusto que
o banco nos surpreenda no início do ano, desta forma.”
A Comissão de empresa fará reunião com o Banco do Brasil na próxima
semana, na qual o banco apresentará respostas às solicitações feitas, bem como
o balanço das movimentações.
Fonte:
Contraf-CUT |