"Tiramos uma estratégia de enfrentamento aos ataques e em defesa dos
direitos e dos empregos, outra para as quatro mesas temáticas e também
planos de ação e de luta em relação aos ataques que estão sendo
aplicados contra o movimento sindical e de lutas gerais, como a defesa
da democracia, e dos bancos públicos, que não se trata de uma luta
corporativista, em defesa do emprego apenas. A defesa dos bancos
públicos é uma ação cidadã. Estamos na defesa do banco público enquanto
entidade necessária para a retomada do desenvolvimento sustentável e
inclusivo da sociedade toda de maneira geral", disse Roberto von der
Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos
Bancários.
Qualidade dos painéis O presidente da Contraf-CUT destacou também as contribuições trazidas
pelos palestrantes. "Tivemos painéis de muita qualidade que contribuíram
com nossas reflexões e a definições de nossas estratégias e ações",
afirmou. A 19ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou ainda moções contra o
governo e suas atitudes golpistas. Uma delas é a moção de repúdio a
reforma trabalhista, sancionada pelo presidente Michel Temer, na qual a
classe trabalhadora e seus legítimos representantes – sindicatos e
centrais sindicais – foram desconsiderados na discussão. Com isso, o
processo atende apenas os interesses dos empresários e o desejo de
reduzir custos e aumentar os lucros, além de gerar um enorme retrocesso
no país.
No Senado, as senadoras Fátima Bezerra, Gleisi Hoffmann, Vanessa
Grazziotin, Lídice da Mata e Regina Souza representaram os trabalhadores
contra a aprovação do projeto e enfrentaram as manobras conduzidas pelo
Senado. Em apoio e solidariedade às essas mulheres de luta outra moção
foi apresentada.
Em Repúdio ao Banco Mercantil do Brasil. A moção foi criada para
combater as práticas do banco, que já fechou agências em diversas
cidades do país e demitiu centenas de funcionários, inclusive dirigentes
sindicais. Para os bancários, essa atitude revela o ataque a liberdade e
organização sindical.
Os trabalhadores também são contra as tentativas dos governos Sartori
e Temer, ambos do PMDB, de privatizar o Banrisul, Badesul e BRDE por
conta do Regime de Recuperação Fiscal, apresentado pelo governo golpista
como saída para a crise fiscal do estado. A moção é em defesa aos três
bancos, que atualmente desempenham papeis fundamentais para o
desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Sul do Brasil.
Moção de Repudio ao ataque ao Estado Democrático e de Direito no
Brasil defende a punição exemplar de casos de corrupção de todos os
envolvidos e que se julgam acima da lei seja presidente, juiz,
parlamentar ou empresário. Os bancários repudiam o uso político da
operação lava-jato na esteira da consolidação do golpe institucional,
com vistas às eleições 2018.
Nesse contexto, a Moção Liberdade para Vaccari Já! repudia a
manutenção da prisão preventiva e exige a imediata liberdade a um dos
membros do Comando Nacional dos Bancários da CUT, João Vaccari Neto.
Vaccari também é um dos fundadores da Contraf-CUT e ex-presidente do
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Em apoio ao ex-presidente Lula e sua condenação fraudulenta e sem
provas, duas moções foram apresentadas, sendo uma delas com ênfase na
ação popular para a anulação do impeachment. *Contyraf/CUT com edição da Fetrafi-RS |