A suspeita é de tráfico de influência para beneficiar a Rodrimar,
empresa que opera no porto de Santos e foi alvo de buscas da Polícia
Federal na semana passada.
Temer foi gravado quando dava informações ao aliado sobre um decreto
que ele assinaria seis dias depois. A medida beneficiaria
concessionárias de portos, que tiveram suas concessões renovadas por 35
anos, sem licitação.
Após a conversa, Loures repassou as informações a um interessado no
decreto: Ricardo Conrado Mesquita, diretor da Rodrimar. O executivo
festejou a notícia e disse que o deputado afastado seria "o pai da
criança".
A conversa interceptada pela PF ocorreu em 4 de maio, quando Loures
ligou para o Planalto e foi atendido por Temer. O telefone do deputado
afastado estava grampeado com autorização judicial.
Temer avisou a Loures que o decreto dos portos seria assinado na
quarta-feira seguinte. Também contou que as concessões de 35 anos teriam
o prazo dobrado, chegando a 70 anos de duração.
'Aquela coisa dos 70 anos lá para todo mundo parece que está acertando aquilo lá', disse Temer."
*Brasil 247 |