Segundo Berzagui, ainda não há aval do Conselho de Administração do
Banrisul e ajustes na minuta estão sendo negociados, mas haveria
consenso de que seria necessário criar o FBPREV III, com algumas
modificações. "Nossa proposta é ofertar migração para ativos e
assistidos. Será semelhante ao FBPREV II. Uma das novidades é a criação
de um ‘fundo de legado de morbidade’ para garantir a migração de quem
esteja afastado por doença”, explicou Berzagui.
O presidente da FBSS também explicou que a nova migração irá ser
avaliada pela Previc, hoje vinculada ao Ministério da Fazenda, e não
mais ao Ministério da Previdência, extinto pelo governo de Michel Temer.
"A legislação atual obriga que apresentemos um plano de viabilidade do
antigo e do novo plano de previdência complementar. Por isso temos que
ter um número mínimo de participantes para viabilizar a migração”,
acrescentou Berzagui.
Os dirigentes sindicais fizeram algumas ponderações. A principal
delas diz respeito a instalação novamente de uma Comissão Tripartite,
formada por representantes do Banrisul, da FBSS e do movimento sindical.
Outras ponderações foram apontadas em função da crise política no
cenário nacional, com repercussões na economia e em relação ao Projeto
de Lei 268/2016, a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal,
que propõe restrições aos fundos de pensão fechados, como é o caso da
FBSS.
"Sugerimos que seja criada uma comissão tripartite entre Sindicato,
Fundação e Banco, para que os representantes dos trabalhadores possam
novamente ser ouvidos sobre o processo de migração. O novo plano deve
ser financeiramente viável e preservar os direitos dos Banrisulenses”,
disse o secretário-geral do SindBancários e funcionário do Banrisul,
Luciano Fetzner.
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, salientou a urgência
da abertura do novo processo de migração. "Muitos dos colegas do
Banrisul que permaneceram no PBI entram em contato com a diretoria e
pessoalmente com os dirigentes do Sindicato para pedir um novo processo
de migração porque estão pagando muito caro pelo plano e querem migrar.
Aliás, essa é uma reivindicação nossa. O que não podemos admitir é que
esses colegas saiam de um fundo com problemas e vão para outro com os
mesmos ou problemas piores”, salientou Gimenis.
Após a reunião, a diretora da Fetrafi-RS e ex-conselheira da FBSS,
Denise Falkenberg Corrêa, afirmou: "Nos causa estranheza não termos sido
sequer consultados até agora sobre a criação desse novo plano. Exigimos
que o novo processo de migração siga os moldes do processo anterior”.
Também participaram da reunião, os diretores da Fetrafi-RS, Fábio
Alves e Gerson dos Reis. A diretora de previdência da FBSS, Leci Campos
Pacheco, também participou do encontro. *Imprensa/SindBancários |