O relator da investigação, que no fim de 2015 deu início ao
sigilo do inquérito, é Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Apurava-se o envolvimento de Pimentel, sua esposa e o empresário Benedito
Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, no desvio de contratos com o
governo federal, desde 2005, que supostamente financiaram a campanha do
governador em Minas.
Mas o caso foi além do PT. No dia 1º de outubro de 2015, a
PF deflagrava uma nova fase. Os alvos eram o presidente da Companhia Energética
de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges, nomeado por Pimentel, mas também a
empreiteira Odebrecht em São Paulo e Caoa, em Goiás. Foi quando um dos
investigados, o empresário Benedito Oliveira Neto, resolveu prestar delação
premiada.
Em depoimento, Bené afirmou que a empresa JHSF pagou por uma
pesquisa de opinião pública em benefício de Pimentel, automaticamente entrando
para as apurações dos investigadores. Mas, por outro, documentos apreendidos na
JHSF mostraram outros beneficiários.
A apreensão ocorreu no dia 16 de agosto de 2016. A PF
encontrou uma planilha da empresa com o nome "Alexandre Moraes",
indicando valores não apenas ao PT, como também ao PSDB. No dia 31, o
proprietário da empresa, José Auriemo Neto, confirmou que se tratava do então
ministro da Justiça de Michel Temer.
Apenas uma das planilhas indicavam três pagamentos de um
total de R$ 1 milhão, repassados no ano de 2011, com a justificativa de
"honorários advocatícios". A empresa ficou de apresentar os
documentos fiscais dessa suposta prestação de serviços do escritório de
advocacia de Moraes, entre os anos de 2010 e 2014, que juntos somaram R$ 4
milhões, pelo menos.
Alguns recibos e notas fiscais foram enviados, mas sem
explicações ou detalhes dos supostos serviços prestados por Moraes. Com a
suspeita, os policiais pediram ao relator Herman Benjamin a abertura de um
inquérito contra Alexandre de Moraes, especificamente.
Entretanto, como o caso tramita em sigilo, tanto o STJ,
quanto o STF não trazem mais informações sobre o andamento do caso. Ainda, em
22 de setembro do último ano, apenas oito dias depois de os documentos serem
protocolados no STF, o relator Luiz Fux simplesmente arquivou o caso.
O ministro do Supremo arquivou a investigação contra Moraes,
sem sequer pedir a abertura de inquérito, medidas investigatórias, quebras de
sigilos ou depoimentos. Fux tampouco consultou a Procuradoria-Geral da
República. Após monocraticamente arquivar os documentos enviados pelo STJ, o
ministro ainda colocou sigilo sobre o caso.
Com a decisão tomada pelo ministro do Supremo, além de ter
sido absolvido, o ministro Alexandre de Moraes não pode, sequer, ser
questionado sobre o tema envolvendo a Operação Acrônimo, uma vez que toda a
documentação do suposto recebimento de R$ 4 milhões por Moraes estar sob
sigilo.O relator da investigação, que no fim de 2015 deu início ao
sigilo do inquérito, é Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Apurava-se o envolvimento de Pimentel, sua esposa e o empresário Benedito
Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, no desvio de contratos com o
governo federal, desde 2005, que supostamente financiaram a campanha do
governador em Minas.
Mas o caso foi além do PT. No dia 1º de outubro de 2015, a
PF deflagrava uma nova fase. Os alvos eram o presidente da Companhia Energética
de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges, nomeado por Pimentel, mas também a
empreiteira Odebrecht em São Paulo e Caoa, em Goiás. Foi quando um dos
investigados, o empresário Benedito Oliveira Neto, resolveu prestar delação
premiada.
Em depoimento, Bené afirmou que a empresa JHSF pagou por uma
pesquisa de opinião pública em benefício de Pimentel, automaticamente entrando
para as apurações dos investigadores. Mas, por outro, documentos apreendidos na
JHSF mostraram outros beneficiários.
A apreensão ocorreu no dia 16 de agosto de 2016. A PF
encontrou uma planilha da empresa com o nome "Alexandre Moraes",
indicando valores não apenas ao PT, como também ao PSDB. No dia 31, o
proprietário da empresa, José Auriemo Neto, confirmou que se tratava do então
ministro da Justiça de Michel Temer.
Apenas uma das planilhas indicavam três pagamentos de um
total de R$ 1 milhão, repassados no ano de 2011, com a justificativa de
"honorários advocatícios". A empresa ficou de apresentar os
documentos fiscais dessa suposta prestação de serviços do escritório de
advocacia de Moraes, entre os anos de 2010 e 2014, que juntos somaram R$ 4
milhões, pelo menos.
Alguns recibos e notas fiscais foram enviados, mas sem
explicações ou detalhes dos supostos serviços prestados por Moraes. Com a
suspeita, os policiais pediram ao relator Herman Benjamin a abertura de um
inquérito contra Alexandre de Moraes, especificamente.
Entretanto, como o caso tramita em sigilo, tanto o STJ,
quanto o STF não trazem mais informações sobre o andamento do caso. Ainda, em
22 de setembro do último ano, apenas oito dias depois de os documentos serem
protocolados no STF, o relator Luiz Fux simplesmente arquivou o caso.
O ministro do Supremo arquivou a investigação contra Moraes,
sem sequer pedir a abertura de inquérito, medidas investigatórias, quebras de
sigilos ou depoimentos. Fux tampouco consultou a Procuradoria-Geral da
República. Após monocraticamente arquivar os documentos enviados pelo STJ, o
ministro ainda colocou sigilo sobre o caso.
Com a decisão tomada pelo ministro do Supremo, além de ter
sido absolvido, o ministro Alexandre de Moraes não pode, sequer, ser
questionado sobre o tema envolvendo a Operação Acrônimo, uma vez que toda a
documentação do suposto recebimento de R$ 4 milhões por Moraes estar sob
sigilo. *GGN |