GT de Saúde
Dentre os principais assuntos abordados na reunião do GT de
Saúde, os dirigentes sindicais discutiram os problemas do programa de
readaptação profissional do banco, a falta de emissão de CAT pela empresa e a
discriminação em relação aos trabalhadores que retornaram de licença médica,
observando-se, em muitos casos, assédio moral.
Os principais problemas do programa de adaptação citados
pelo movimento sindical foi a falta de autonomia dos médicos do trabalho da
empresa. Por outro lado, os médicos do trabalho, em muitos casos, não acatam as
restrições ou o próprio atestado fornecido pelo médico assistente do
trabalhador.
Os dirigentes sindicais também destacaram que os licenciados
afastados que retornam ao local de trabalho não podem entrar em processo de
avaliação da empresa, pois voltam com restrições. Nem muito menos serem
colocados em funções rebaixadas, ou que prejudiquem a sua saúde e, até mesmo,
serem transferidos para locais muito distantes de suas residências, como vem
acontecendo atualmente.
COE do Itaú avalia demissões e fechamento de agências
Durante a primeira reunião do ano de 2017 da COE do Itaú,
também realizada nesta quarta-feira (15), no Sindicato dos Bancários de São
Paulo, a COE do Itaú priorizou o debate em três pontos principais: saúde,
emprego e condições de trabalho.
O movimento sindical destacou o número estarrecedor das
demissões do banco Itaú em todo o país durante o ano de 2016. Além disso, houve
o fechamento de várias agências em todo o país, entre elas três agências no
Paraná, em Minas Gerais e Recife.
Outro assunto abordado foi sobre a alteração da jornada de
trabalho, onde o banco já está aplicando a regra do divisor de jornada, ou
seja, a norma estabelece divisores que alteram cálculos e reduzem valores de
hora extra para jornadas de seis e oito horas nas ações trabalhistas. Vários
Sindicatos repudiam a medida tomada pelo banco Itaú, que não dialogou com os
representantes dos trabalhadores. Essa medida afeta também os trabalhadores do
Call Center, em São Paulo.
"Na prática os trabalhadores defendem a manutenção dos
divisores 150 e 200 para as jornadas de seis e oito horas, os bancos querem 180
e 220, de forma que o sábado se torna dia de trabalho e não mais DSR”,
ressaltou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
Na ocasião, foi criado um grupo para a criação de uma
campanha com o foco em saúde, emprego e condições de trabalho.
O representante gaúcho na COE, Eduardo Munhoz salienta que a
rotina de demissões e sobrecarga no Itaú contradiz os lucros obtidos pela
instituição. "Estamos denunciando há muito tempo o déficit de funcionários no
Itaú, enquanto o banco lucra cada vez mais. Com uma política de gestão, que
visa apenas o enxugamento dos custos, o Itaú leva seus trabalhadores ao
adoecimento. O Banco ainda por cima está ignorando uma sentença nacional, que
obriga a emissão das CATs”, denuncia o dirigente sindical.
Próximas reuniões - GT de Saúde e COE do Itaú
Devido a todas essas discussões ficou marcado uma próxima
reunião, com data a ser definida. Serão tratados dos temas sobre CAT e o
programa de readaptação profissional.
A COE do Itaú entrará em contato com o banco para acertar
uma agenda permanente de negociações. *Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS |