O fim das demissões e mais contratações no Itaú, estão entre
as principais reivindicações. Levantamento do Dieese aponta que, desde
2011, o Itaú já fechou21 mil postos de trabalho. Durante a entrega da
pauta ao banco, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, fez questão
de destacar a preocupação dos funcionários em relação ao emprego.
"Dissemos ao Itaú que esperamos responsabilidade do banco, e
valorização dos funcionários, no atendimento às reivindicações. Colocamos nossa
grande preocupação com relação ao emprego e com relação às agências digitais. O
banco digital em que o Itaú está se transformando vem reduzindo postos de
trabalho e criando relações trabalhistas que a gente desconhece. Não sabemos em
que condições os funcionários trabalham”, afirma Roberto von der Osten.
O fechamento de agências físicas e ampliação das digitais
promove a eliminação de postos de trabalho e sobrecarrega quem permanece no
emprego. O banco já deixou claro, aos funcionários, que o projeto é
estenderas transações pelos canais digitais em todo o Brasil.
"Em São Paulo já são sete pontos digitais, o Rio de Janeiro
também já conta com um. Até o fim do ano, mais agências digitais serão abertas
pelo Brasil. Além de cortar empregos, o Itaú mexeu nas relações de trabalho. Os
funcionários das agências digitais têm jornada de oito horas. Precisamos
regularizar esta situação, atualmente muito complicada”, alerta Jair Alves,
coordenador da COE Itaú e diretor da Contraf-CUT.
Fundação Itaú Unibanco
Os dirigentes sindicais também reivindicaram que o Itaú abra
um canal de negociação para debater os planos de aposentadoria complementar,
seja no âmbito dos planos administrados pela Fundação Itaú-Unibanco, ou mesmo
os administrados diretamente pelo banco. Atualmente, mais de 40 mil
funcionários não têm nenhum tipo de fundo de pensão.
A pauta entregue ao Itaú inclui a necessidade de discussões
sobre os planos:
- Futuro Inteligente;
- UBB Prev., tendo como origem um plano oriundo do Banco
Bandeirantes;
- Plano IJMS (Instituto João Moreira Sales);
- Plano Futuro Inteligente;
- IAPP (Instituto Assistencial Pedro Di Perna);
- Franprev, oriundo do Banco Francês e Brasileiro.
"O banco vai avaliar todas as nossas reivindicações e nós
iniciaremos um processo de negociação. A nossa expectativa é grande de
entendimento, já que na conjuntura de crise que nós vivemos, os bancos
continuam sendo as empresas que mais lucram, o setor que mais ganha em relação
a todos os outros setores da economia. Os bancos podem atender as reivindicações
e podem valorizar seus funcionários”, conclui o presidente da Contraf-CUT.
*Contraf/CUT
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