A Fetrafi-RS reuniu o Coletivo de
Dirigentes Sindicais do Santander na manhã desta sexta-feira, na sede da
entidade, em Porto Alegre para discutir as demandas específicas dos
funcionários do banco espanhol e definir ações para o próximo período. Entre as
principais questões discutidas esteve a polêmica a implantação do projeto
Derivação, que acaba com as áreas operacionais de agências, gerando insegurança
entre os trabalhadores diante da possibilidade de realocações e demissões.
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Uma versão piloto do projeto
Derivação já está prevista para a base do Sindicato dos Bancários de Pelotas. O
"Derivação” prevê, entre outras ações, a transformação de agências
convencionais em "agências comerciais”, que atenderão apenas clientes. Com
isso, toda área operacional do banco será extinta, ou seja, deixarão de
existir, por exemplo, as funções de caixas e supervisores, ficando apenas a
área comercial.
Estaca Zero
Diante da falta de disposição do banco nas tratativas para avançar na renovação do aditivo, após quatro rodadas
de negociação, o Coletivo Estadual deliberou pela intensificação das
mobilizações no Santander a partir da próxima semana. O banco propõe alterações
na cláusula de bolsas auxílio estudo que dificultariam o acesso do trabalhador
ao benefício, além de não reajustar o valor. O Santander também se limita a
discutir em outro momento questões que afligem os funcionários, em temas como
saúde e condições de trabalho.
Sobre o PPRS - Programa de
Participação nos Resultados Santander, o banco não apresentou proposta,
alegando não ter tido tempo hábil para isso. O Santander também informou que não
haverá negociação na próxima quarta-feira e que só voltará a negociar na semana
seguinte com previsão para o dia 6, data ainda será confirmada.
"O posicionamento do banco na mesa de negociação é muito ruim. Estamos tratando de assuntos
relevantes para os trabalhadores e a instituição, além de não atender as
reivindicações ainda apresenta retrocessos, negando por exemplo, a correção dos
valores pagos para bolsas de estudo para 2017 e 2018. Não vamos aceitar a renovação
do Acordo Aditivo nestas condições. O Santander deve levar a sério as
negociações”, observa o representante gaúcho na COE, Bino Kohler.
Além de manifestações, protestos e
distribuição de material impresso, poderão ocorrer novas paralisações em
agências e departamentos do banco espanhol, a fim de engajar trabalhadores na
luta pela renovação do aditivo e conquistar o apoio do público em geral. *Comunicação/Fetrafi-RS
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