| Metas são abordadas na primeira mesa sobre aditivo do Santander
|
|
|
Bancos | 23/05/2016 | 16:05:51 |
|
|
|
|
Metas são abordadas na primeira mesa sobre aditivo do Santander |
Direção ainda não deu respostas para reivindicações do acordo específico |
|
|
|
Na
primeira mesa de negociação para renovação do acordo aditivo com o Santander,
os integrantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE), formada por
dirigentes sindicais de todo o país, deixaram claro aos representantes do banco
que a melhoria das condições de trabalho, com revisão da forma como são
instituídas as metas, e garantia de emprego estão entre as prioridades dos
trabalhadores.
|
"Os
temas mais caros para nós são emprego, já que a rotatividade no banco é muito
grande, e a questão das metas abusivas, que levam ao adoecimento”, informa a
diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE, Maria Rosani, que
participou da reunião na quinta-feira 19.
Mas os representantes do Santander não trouxeram resposta a nenhuma das
reivindicações da pauta, entregue em 12 de maio. "O banco não trouxe respostas,
embora a maioria das cláusulas para o aditivo sejam conhecidas. Nem mesmo houve
resposta para as já existentes que precisam apenas ser renovadas. Mas trata-se
de uma primeira reunião. Esperamos que as negociações avancem a partir da
segunda rodada”, diz Rosani, sobre a negociação ainda sem data definida.
>Pauta
do aditivo entregue ao Santander
Emprego –Os dirigentes ressaltaram que o Santander está demitindo, e os
principais alvos são funcionários com histórico de adoecimento e com mais tempo
de casa, portanto, salários mais altos. "Queremos avançar em cláusulas baseadas
na Convenção 158 da OIT [Organização Internacional do Trabalho], contra
demissões imotivadas e por estabilidade no emprego. Lembramos ao banco que
parte dos trabalhadores do Santander já tiveram estabilidade, quando eram do
Banespa, e nem por isso o Banespa deixava de dar lucro. Ou seja, é possível dar
tranquilidade ao trabalhador sem resultar em mau desempenho para a empresa”,
argumenta a dirigente.
Os integrantes da COE destacaram ainda que o Santander não demite na Espanha,
seu país de origem. "Quando há reestruturação lá, ou fechamento de agências,
eles realocam. Queremos que o banco adote a mesma política no Brasil”,
acrescenta.
Condições de trabalho –Para o movimento sindical, a melhoria das
condições de trabalho passa por mudanças na forma como são determinadas e
cobradas as metas. "A pressão constante pelo cumprimento de metas cada vez mais
difíceis levam ao adoecimento do trabalhador. Entendemos que este ano temos de
avançar nessa questão”, diz Maria Rosani.
Os dirigentes deram diversos exemplos do que precisa ser revisto. Segundo eles,
é preciso que a meta contratada para o mês, possa de fato ser cumprida até o
final do mês, e não nos primeiros 10 dias, como costuma ocorrer no banco. Outro
ponto é que a meta tem de ser compatível com o tamanho da agência e sua
localização. Eles reivindicam ainda que, em caso de redução no número de
funcionários na agência, também haja redução da meta.
Outro problema no Santander é o trabalhador ser cobrado por metas todos os 12
meses do ano. "Ou seja, para sair de férias, ele tem de cumprir a meta de dois
meses. Ou então, como acontece quase sempre, ele se vê obrigado a fracionar as
férias”, aponta Rosani.
Há ainda o fato de que a somatória das metas individuais não alcança a meta de
agência. "Assim, os bancários veem-se obrigados a cumprir mais do que os 100%
da sua meta individual, já que para ter direito à remuneração variável, tem de
cumprir também o estipulado para sua unidade. Ou seja, são vários pontos que
precisam ser revistos e vamos cobrar isso do banco nas mesas de negociação”,
reforça a dirigente. Â *SP Bancários |
|
|
|
|