Licença saúde e retorno ao trabalho
Foi cobrado do Banco do Brasil a melhoria das condições dos funcionários em
licença saúde, como a prorrogação do pagamento dos auxílios refeição e a cesta
alimentação durante todo o período da licença, bem como a irredutibilidade do
salário durante o período de afastamento. O banco considera muito difícil o atendimento
desta proposta. Os funcionários argumentaram que a perda dos tickets
alimentação e refeição tem levado muitos funcionários a trabalharem doentes, o
que agrava e prorroga os motivos do afastamento.
Os representantes dos funcionários também cobraram do BB que simplifique a
folha de pagamento do funcionário licenciado e que permita o parcelamento dos
débitos dos acertos do INSS, para evitar que o salário fique negativo em alguns
períodos.
Funcionários oriundos de bancos incorporados
Na pauta de saúde, os destaques foram a discriminação dos funcionários oriundos
de bancos incorporados e o acesso aos programas de saúde do BB. Os
trabalhadores cobraram do Banco a apresentação uma lista de todos os itens que
há impedimentos aos funcionários de bancos incorporados para a busca conjunta
de soluções.
Foi cobrado do banco ainda as soluções para que os funcionários incorporados
possam participar da Cassi e da Previ nas situações existentes possíveis hoje
para alguns grupos.
Wagner Nascimento, coordenador do CEE, lembra que desde as primeiras
incorporações, em 2009, o Banco do Brasil tem sempre argumentado que precisa de
uma solução global para todos os funcionários incorporados no que se refere a
Cassi e a Previ. "Essa solução nunca chega e tem mais servido de uma boa
desculpa para não avançar nos debates. É possível a integração nos planos de
saúde e previdência de boa parte dos incorporados. O argumento dado pelo banco
é que isso pode trazer mais problemas. O que reflete o não interesse em achar
soluções", afirmou.
Cassi e Plano Odontológico
Os trabalhadores também cobraram também as melhorias na Cassi, como o custeio
da ampliação da Estratégia Saúde da Família e apresentação de soluções na mesa
específica. Foram apresentadas propostas de incremento de receitas como
percentual nos acordos de CCP e CCV e outros acordos e processos judiciais, bem
como cobrado do BB que destine uma parte da PLR para a Cassi como forma de
melhorar a saúde financeira da Caixa de Assistência.
Os funcionários cobraram do banco melhorias do plano odontológico e que este
seja administrado pela Cassi, para gerar mais receitas e melhorar o atendimento
do plano. O banco informou mudanças no atual plano odontológico e apresentou
uma carta que está sendo encaminhada aos funcionários com as melhorias na BB
Dental. O BB também ficou de apresentar à Comissão de Empresa a lista detalhada
dos procedimentos que tiveram melhoria.
Para Wagner Nascimento, as mudanças no plano odontológico são reivindicações
antigas dos funcionários, desde que o plano foi implantado, fruto de conquista
da campanha salarial de 2008. "As nossas pautas de reivindicações, desde
2010, sempre cobram melhorias no plano odontológico. O fato do banco fazer em
silêncio nada mais é do que uma forma de querer tirar o mérito da luta dos
trabalhadores."
Ato de gestão
A Contraf-CUT e Sindicatos novamente cobraram do BB o fim das demissões e
descomissionamentos por ato de gestão, quando não é dada nenhuma justificativa
ao trabalhador. Os representantes dos funcionários pediram a extinção desses
atos, que muitas vezes tem servido apenas para ameaçar os trabalhadores. O
banco tem afirmado que os casos demissão e descomissionamentos são pontuais e
que não vê neste momento a necessidade acabar com esse instrumento.
Wagner Nascimento, acredita que tendo hoje inquéritos administrativos,
aplicação do código de ética e conduta e, ainda, os ciclos avaliatórios de GDP,
já existem instrumentos suficientes ao banco para fazer a sua gestão
disciplinar. "O uso do ato de gestão é uma política para demonstrar seu
poder de querer demitir os trabalhadores. O contrassenso da gestão de pessoas
do BB é tanto que no período em que cobramos mais contratações, o banco quer
continuar tendo o poder de demitir. Se não é uma política deliberada do banco,
que faça o gesto de grandeza de acabar com esse instrumento", sugeriu.
A próxima rodada está marcada para Brasília, em 31 de agosto, e abordará os
temas segurança, igualdade de oportunidades e isonomia.
*Contraf-CUT
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