A liberdade de expressão tem limites regulados em lei.
Qualquer tentativa de protestar contra o aumento do combustível ou contra a
chefe do Executivo brasileiro ultrapassou os direitos de imagem, e passou a
configurar afirmação de violência contra a mulher. A imagem da mulher no
adesivo, remetem a mensagem de uma violência sexual, o que por si é uma
expressão inadmissível de suportar diante do atentado a dignidade sexual que
convivemos cotidianamente. Além disso, a mulher em questão é a Presidenta da
República, o que reforça a violência sexista que enfrenta a mulher na política.
As mulheres brasileiras se sentem ofendidas, desrespeitadas.
Expressões como essa não retratam o exercício de democracia. É escárnio,
deboche, é violência contra a mulher! Vai de encontro à Convenção
Interamericana pela Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a
mulher - CEDAW, que o Brasil ratificou junto ao Sistema Interamericano de
Direitos Humanos.
A circulação da imagem é ato discriminatório contra as
mulheres brasileiras e contra a Presidenta Dilma. Tanto em mídia eletrônica
quanto nos adesivos em veículos nas cidades brasileiras. Exigimos a proibição
dessa circulação pelos meios judiciais cabíveis junto à polícia e o Governo
Federal, assim como a responsabilização cível e penal dos responsáveis.
Porto Alegre, 01 de julho de 2015.
CLADEM Brasil - Comitê Latino Americano e do Caribe me Defesa dos Direitos das
Mulheres
Marcha Mundial de Mulheres
Central Única dos Trabalhadores
União Brasileira de Mulheres
Rede Feminista de Saúde
Secretaria Estadual das Mulheres do PT/RS
Coletivo Feminino Plural
Themis Gênero Justiça e Direitos Humanos
Frente Parlamentar de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher - Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul
Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres do Estado do Rio Grande do Sul
Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Porto Alegre
*CUT
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