Os participantes da 17ª Reunião do Comitê Executivo Regional
de UNI Américas, em Bueno Aires, também protestaram. A direção da UNI deliberou
por uma passeata, que saiu da sede da Associação Bancária até a agência central
matriz do HSBC argentina. No local, os dirigentes realizaram um ato de protesto
contra a postura do banco no Brasil.
Para Sérgio Siqueira, diretor da Contra-CUT, o ato é mais
uma mostra da força dos trabalhadores unidos. "A mobilização tomou
proporções mundiais. Todos já sabem como o banco opera e de como isso afeta os
trabalhadores. Nosso ato é para conscientizar as pessoas e também o poder
público" enfatiza.
No Brasil, as manifestações se espalharam por diversas
cidades. Em Curitiba, o sindicato marcou presença em cinco agências. Munidos de
faixas e panfletos, os dirigentes sindicais alertam a população e também a
classe da necessidade de apoiar esta causa, pois, caso o HSBC venda suas
operações para um dos três maiores bancos privados do Brasil (Itaú, Bradesco e
Santander), tanto os trabalhadores quanto a cidade de Curitiba iriam sair
perdendo. A cidade deixaria de arrecadar mais de R$ 80 milhões de Impostos
Sobre Serviços (ISS) por ano e os bancários estariam com o emprego em risco,
uma vez que poderia ocorrer demissões em massa.
Já os dirigentes do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata
e Sul de Minas (Sintraf JF) distribuíram um jornal sobre a mobilização em
defesa dos funcionários do banco inglês. Em Campinas, o Sindicato também
distribuiu o material pela Contraf-CUT para a Jornada Internacional de Luta.
Na Baixada Fluminense, dirigentes sindicais percorreram as
agências do HSBC para explicar as ações em defesa do emprego. "Temos de
nos unir para pressionar o banco a respeitar nossas leis. Eles não podem sair
do País deixando um grande rastro de desemprego", afirmou a representante
da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, Renata Soeiro.
Siqueira lembrou que a Reunião desta terça-feira com o
presidente do Cade foi bastante produtiva e nesta quarta-feira haverá um
encontro com o presidente do Banco Central. "A possibilidade de irmos a
Londres com representantes do governo também está sendo estudada. Não vamos
desistir na proteção do emprego desses mais de 20 mil trabalhadores. Número que
chega próximo a 100 mil se contarmos os empregos indiretos e as famílias dos
bancários."
*Contraf-CUT
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