Campanha Salarial | 07/08/2020 | 21:08:55
Funcionários do Banco do Brasil cobram contratação de concursados e fim da redução do quadro de pessoal
Na segunda reunião de negociação, o emprego foi o tema principal
 
 
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) teve sua segunda reunião de negociação da pauta de reivindicações específicas nesta sexta-feira, 7 de agosto. O encontro com os representantes do banco teve como foco o emprego.

As negociações avançaram para a renovação de algumas cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigência, mas os funcionários do BB cobraram o fim da redução do quadro de pessoal e a contratação de concursados. De acordo com o balanço do primeiro semestre do BB, divulgado nesta quinta-feira, 6, o banco fechou 3.694 postos de trabalho, sendo 283 no 2º trimestre deste ano, em plena pandemia.

Carreiras técnicas

Os representantes dos funcionários também levantaram a preocupação a respeito de uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as carreiras técnicas do BB. O banco contrata todos os funcionários como escriturários e promove ascensão na carreira por seleção interna.

Uma decisão da Justiça em segunda instância reconheceu a incostitucionalidade do tipo de contratação feito pelo banco. Entretanto, os representantes do Banco do Brasil afirmaram que o Banco dará continuidade à ação para reverter a decisão em instância superior.

O banco informou, ainda, que vai renovar as cláusulas do ACT em vigência, que tratam das mesas temáticas sobre os trabalhadores dos bancos incorporados, que serão instaladas em 90 dias após a assinatura do acordo, com a participação das entidades relacionadas (Economus, Previ, Cassi, etc).

Mesa sobre Covid-19

Os representantes do BB acataram uma sugestão da CEBB para a criação de uma mesa específica sobre Covid-19, pois, segundo denúncia apresentada pela representante da Fetrafi-RS na Comissão, Bianca Garbelini, alguns gestores estão propondo que pessoas do grupo de risco voltem ao trabalho mediante avaliação médica e pressionando os funcionários do grupo de risco que estão em home office a cumprir metas ou serão incluídos na turma que está acumulando horas negativas para compensação posterior. "O gestor que fizer a oferta de retorno ao trabalho estará descumprindo norma do próprio banco”, ressaltou Bianca. Além disso, conforme denunciaram os representantes dos funcionários, faltam equipamentos de proteção individual em algumas unidades.

As próximas mesas de negociação da Campanha Salarial serão sobre saúde e igualdade e cláusulas sociais, ainda sem data definida.