União dos trabalhadores é destaque da abertura da 22ª Conferência Nacional dos Bancários
Dirigentes bancários são unânimes quanto a necessidade da unidade em torno defesa da vida, dos direitos dos trabalhadores, dos empregos e da democracia
Uma política de desmonte do estado e de empobrecimento do pais foi a tônica da presidenta da Contraf em sua fala. "Bolsonaro devolveu recursos ao Tesouro sem necessidade, que poderiam ser devolvidos em 40 anos. Estamos vendo um presidente ausente, que governa para uma minoria para os ricos, que quer entregar as riquezas desse país, falou
Ivone ressaltou que, graças às negociações do Comando Nacional dos Bancários, a categoria bancária conseguiu que cerca de 300 mil trabalhadores ficassem em casa e os bancos tomassem medidas para garantir a saúde da categoria e dos clientes. "Mas dia a dia temos lutado para que os bancos cumpram o que prometeram na mesa de negociações”, afirmou. Ivone destacou ainda a importância da categoria bancária para a economia do país, que injetou quase R$ 10 milhões na economia com a última negociação.
"Nas próximas eleições precisamos de candidatos alinhados com os trabalhadores, tanto nos executivos quanto nas casas legislativas, para que não haja tantos ataques aos sindicatos e nem aos direitos da classe trabalhadora”, destacou.
A criatividades foi destacada como forma de organizar a luta dos bancários. "Como todos os anos, não será uma campanha fácil, mas neste ano vai ser uma luta diferente, num modelo novo, virtual. Essa dificuldade está colocada, mas tenho certeza de que, com unidade vamos ter mais uma campanha vitoriosa”, disse o presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf/RJ-ES), representante da corrente política Fórum do Interior, Nilton Esperança.
Carlos Pereira Araújo, secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo e representante da corrente política Intersindical, lembrou que mesmo diante das dificuldades, será a unidade dos bancários com outras categorias de trabalhadores que vai fazer frente ao atual governo. "É nessa conjuntura que vamos, mesmo com alguns em home office, intensificar nossa mobilização e nossa luta, para garantir o emprego, a saúde e as condições de trabalho que são fundamentais para os trabalhadores. Vamos juntos com outros movimentos sindicais, construir o fora Bolsonaro, fora Mourão e chamaremos novas eleições gerais”, afirmou.
"Nossa luta se dirige para a sociedade. Enfrentamos um desafio extremamente complexo de preservar a vida e conseguimos importante resultados. O movimento sindical mostra sua capacidade de se reinventar e defender temas importantes no mundo do trabalho, dando o ingrediente da solidariedade de classe e humana”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e Região, representante da corrente política Articulação, Kleytton Guimarães Morais.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Gonçalves de Araújo se disse preocupado com o Brasil mergulhado em recessão e caminhando para a depressão econômica. "Tudo leva a crer que a estrada a ser aberta levará o Brasil para uma profunda convulsão social. Mais de 90 % dos trabalhadores da informalidade perderam seus rendimentos. O governo adota todo o esforço para impor sua agenda ultra liberal, para desregulamentar a CLT, para desconstitucionalizar , privatizar, agredir o meio ambiente e desmontar a educação”, disse.