Em reunião realizada nesta quarta-feira, 29/05, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários apresentou à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) diversos casos que mostram que os bancos estão descumprindo cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Também foram apresentadas situações que prejudicam o fluxo de afastamento para tratamento de saúde, recebimento de benefícios e retorno ao trabalho.
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"Muitos bancários trabalham doentes por receio de perdas de remunerações ou de prestígio junto aos gestores. Precisamos encontrar a solução para evitar problemas, tanto para as empresas quanto para os trabalhadores, que, muitas vezes, quando decidem se afastar, a doença já está mais avançada. Queremos criar um ambiente favorável para que isso deixe de acontecer”, disse o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, que também apresentou alguns exemplos de descumprindo pelos bancos do que determina a CCT da categoria. Posição da FenabanA Fenaban vai levar os questionamentos com relação ao descumprimento da CCT aos bancos, que analisarão os casos e dará uma posição na próxima reunião. São questões que envolvem o vale alimentação, o adiantamento salarial nos casos de afastamento para tratamento de saúde e sobre a indicação dos locais para a realização de perícia médica. Pontos divergentesOs representantes dos trabalhadores também apresentaram na reunião alguns dos casos em que os bancos não fornecem a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e a Declaração de Último Dia de Trabalho (DUT). Também disseram que existem médicos do trabalho que realizam seus laudos levando em conta os interesses dos bancos, desconsiderando a situação de saúde do trabalhador.
"Com relação a estes pontos, tivemos que firmar nossa posição, pois não houve concordância com o que defende os bancos”, observou o dirigente da Contraf-CUT. "Mas, vamos continuar insistindo na busca de uma solução para estes problemas que, em nossa opinião, são irregulares”, completou. Banco a bancoPara a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, talvez seja o caso de debater o tema em reuniões com cada banco em específico. "Queremos discutir como prevenir os adoecimentos, mas enquanto isso não ocorre temos que garantir que os que estão doentes tenham o direito de se tratar, tenham seus direitos assegurados e não sejam descartados pelos bancos”, disse.
As negociações sobre a Saúde do Trabalhador voltam a acontecer no dia 11 de julho, às 14h, em São Paulo, quando acontecerá a próxima reunião da mesa temática.
Fonte: Contraf-CUT, com foto de Ailton Garcia. |