De acordo com Rossetto, o governo federal vem impondo uma
agenda regressiva, de acumulação de riquezas, destruição das políticas públicas
e manutenção da política de subsídios. "Os movimentos desse governo precarizam
as relações de trabalho, afastam o trabalhador dos sindicatos e proíbem o
acesso à Justiça do Trabalho”, ressaltou.
Unidade para
enfrentar retrocessos
Nesse momento de retrocessos quanto aos direitos dos
trabalhadores, o ex-ministro pediu unidade para enfrentar a agenda negativa
tanto no plano federal quanto no estadual e definiu três pautas como
prioritárias para a defesa da democracia. A primeira delas é o combate à PEC
6/2019, que acaba com a Previdência Social. "Precisamos defender o modelo solidário
de Previdência. Temos condições de derrotar essa proposta no Congresso Nacional”,
ressaltou.
A segunda pauta é a privatização da CEEE, CRM e Sulgás, que
estão no horizonte do governo estadual. "A agenda neoliberal (de Eduardo Leite)
é privatizar e desmontar. Temos que distribuir os abaixo-assinados que os
sindicatos, movimentos e partidos estão organizado, tirar esse debate dos
gabinetes e abri-lo para a sociedade, o que seria uma grande vitória”, convidou.
Por último, Rossetto lembrou a importância de lutar contra a
MP 873, que, entre outras medidas, retira o desconto em folha da contribuição
sindical e exige que os sindicatos emitam boletos e encaminhem às residências
dos trabalhadores. Além disso, os acordos coletivos não teriam mais validade
para fins de cobrança, pois somente pagarão a contribuição os trabalhadores que
manifestarem interesse de forma espontânea e por escrito.
"É cada vez mais importante ampliarmos a unidade das
organizações políticas para enfrentarmos a unidade do capital. Há muito espaço
para lutar e para resistir”, concluiu.
Joia da Coroa
Após a exposição do ex-ministro, o presidente do
Sindbancários de Porto Alegre e Região, Everton Gimenes, reforçou as
prioridades elencadas e destacou que, além da CEEE, CRM e Sulgás, o Banrisul também
está na mira das privatizações. Segundo Gimenes, o governador Eduardo Leite
teria afirmado em programa de rádio que não venderia o Banco, mas que a
retirada da obrigatoriedade do plebiscito popular para decidir sobre a venda de
estatais da Constituição do Estado, deixaria o caminho aberto para que seus
sucessores o façam.
"A joia da coroa é o Banrisul. É lógico que sua privatização
está no horizonte do governo. Não podemos deixar passar a proposta de retirada
do plebiscito da Constituição do Estado. Onde passa boi, passa boiada”,
ressaltou. |