Bancos | 18/10/2018 | 17:10:56
Bancários do BB realizam ato em defesa da Cassi e contra os descomissionamentos
Em Porto Alegre, a mobilização ocorreu em frente à agência do Banco do Brasil da Rua Uruguai, no Centro.
 
 
Os sindicatos de bancários e funcionários do Banco do Brasil realizaram nesta quinta-feira, 18, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi e contra os descomissionamentos que estão ocorrendo no banco. Em Porto Alegre, a mobilização ocorreu em frente à agência do Banco do Brasil da Rua Uruguai, Centro Histórico da cidade. 
O Banco realizou entre o final de setembro e início de outubro uma consulta aos associados da Caixa de Assistência (Cassi) dos funcionários com a intenção de que os associados aprovassem mudanças estatutárias propostas pelo Banco do Brasil e pela direção da Cassi. O resultado foi um retumbante não à proposta do banco. Cerca de 70% dos associados da Caixa de Assistência dos funcionários rejeitaram as mudanças. 

A diretora do SindBancários e funcionária do Banco do Brasil, Bia Garbelini, diz que os funcionários querem que o banco retome as negociações.  "Nós temos uma proposta consistente de sustentação financeira da Cassi. Nós queremos que o banco negocie e arque com sua parte da responsabilidade. Não apenas os funcionários que precisam ser onerados nessa tarefa de salvar a Cassi. O banco também precisa assumir sua parte”, afirma. 

Descomisionamentos

Os trabalhadores estão apreensivos com uma nova onda de descomisionamentos e perda de função pelos funcionários, que levam em conta apenas a avaliação do próprio gestor sem que seja considerado o mecanismo próprio de Gestão de Desempenho Profissional por Competência e Resultados (GDP). De acordo com Bia Garbelini, os funcionários querem que seja retomada a avaliação por meio da GDP, modelo construído com a participação dos funcionários e entidades representativas da categoria, com o investimento de milhões de reais pelo banco. "Por um lado o banco está atacando a nossa saúde e pelo outro lado está nos adoecendo cada vez mais, com metas abusivas e agora com risco constante de descomissionamento em cima de todos os funcionários, porque o banco está deturpando o uso da GDP, que um instrumento de avaliação interno que servia originalmente para aprimoramento dos funcionários ", avalia.

Durante a Campanha Nacional deste ano, o Banco do Brasil tentou retirar as cláusulas que garantiam o critério de três avaliações negativas no GDP antes de ser efetuado qualquer descomissionamento. Os bancários, entretanto, conseguiram a manutenção deste dispositivo no acordo coletivo assinado no dia 31 de agosto e com validade até agosto de 2020.Â